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Câncer de bexiga: você pode não saber muito sobre ele, mas deveria

Apesar de não ser tão comum quanto outros tumores, o câncer de bexiga afeta cerca de 10 mil pessoas ao ano, em especial homens

Por João Brunhara
4 out 2023, 10h14
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  • Normalmente, tratamos de temas masculinos nesse espaço, mas hoje o assunto interessa a homens e mulheres. Nem todo mundo sabe, mas quem cuida de câncer de bexiga é o urologista, independente do gênero do paciente.

    Apesar de ser não muito falado nos meios de comunicação, este tumor afeta pelo menos 10 mil pessoas por ano no Brasil, sendo que 3/4 desses casos acontecem em homens.

    Fumantes e pessoas com mais de 50 anos são os que estão em maior risco, mas existem outros fatores menos comuns, como exposição frequente a tintas ou produtos químicos.

    E acontece também de pessoas sem nenhum fator de risco desenvolverem um câncer de bexiga por motivos que desconhecemos.

    + Leia também: Câncer de bexiga: se detectado na fase inicial, chance de cura é alta

    Sintomas e diagnóstico do câncer de bexiga

    O primeiro sintoma costuma ser a presença de sangue na urina.

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    Por isso, a informação mais importante a memorizar é: se notar sangramento quando urinar, procure um urologista. Também podem acontecer ardência neste momento ou um aumento da frequência de idas ao banheiro.

    A investigação começa com exames de urina e de imagem, por exemplo um ultrassom ou tomografia. Se aparecer algo suspeito, o próximo passo é realizar uma raspagem por dentro do canal da urina, que se chama ressecção transuretral do tumor de bexiga.

    O material extraído é submetido a biópsia, e então podemos confirmar o diagnóstico.

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    Tratamento

    A boa notícia é que tumores superficiais podem ser totalmente curados com o tratamento por dentro do canal, ou seja, sem cirurgias invasivas e nem quimioterapia. Só que, para isso, é fundamental fazer o diagnóstico precoce.

    Em alguns casos, pode ser necessário realizar novas raspagens ou complementar o tratamento com uma medicação infundida na bexiga, chamada BCG, que ajuda a aumentar a imunidade do órgão e reduzir a chance do tumor aparecer de novo.

    Porém, quando o tumor se torna profundo, é necessária uma cirurgia mais complexa, que retira a bexiga, por vezes complementada com a químio.

    Esse procedimento se chama cistectomia radical, e atualmente pode ser feito por via robótica, apresentando resultados mais seguros do que o procedimento aberto, convencional.

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    É possível ainda construir uma nova bexiga, moldada a partir do intestino, de modo a reduzir a interferência na qualidade de vida no pós-operatório.

    E nos casos em que existem metástases — ou seja, quando o tumor se espalha para outros locais do corpo, o tratamento é feito com quimioterapia — tendo o intuito de controlar a doença, mas com menos chances de uma cura definitiva.

    Ou seja, o câncer de bexiga tem várias possibilidades de tratamento, mas, quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, melhor eles funcionam. Portanto, se você ou alguém que você conhece urinar sangue, procure logo um urologista.

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