Como promover corridas e caminhadas inclusivas?

Ajudar a promover o bem-estar de pessoas com deficiência é fundamental. Aproveito para compartilhar sobre o que pode colaborar para que essa população tenha um quadro mais salutar.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 18,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência.

Há quase 18 anos, pensando nessa população, criei o Instituto Olga Kos, organização sem fins lucrativos que promove a inclusão social desta população através de projetos esportivos, culturais e de pesquisas.

Em se tratando do esporte, o Instituto incentiva as práticas de artes marciais, basquete, capoeira, futsal, karatê, judô e taekwondo com oficinas presenciais, e abre oportunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Além disso, promove sete corridas e caminhadas de rua por ano – duas em Brasília, duas na cidade do Rio de Janeiro e três na cidade de São Paulo, que celebram datas importantes para pessoas com deficiência e pela causa inclusiva.

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A Lei Brasileira de Inclusão (LBI), aliás, promulgada há quase 10 anos, ajudou que avançássemos no tocante à inclusão social e cidadania de pessoas com deficiência, inclusive no esporte. O artigo 3º da LBI assegura, entre outros pontos, que PcDs participem de atividades recreativas e esportivas, como é o caso de corridas e caminhadas.

Além de abrir oportunidades de socialização entre participantes com e sem deficiência, é certo que tais eventos promovem melhorias na saúde de PcDs.

Sempre alerto, no entanto, que ao aderirem a práticas esportivas, PcDs devem estar atentos ao tipo e grau de deficiência, sendo essencial obterem orientação profissional e laudo médico.

Para auxiliar a promover a inclusão por meio do esporte, listo abaixo cinco aspectos a considerar para que PcDs participem de corridas e caminhadas de rua:

• Acessibilidade: O percurso deve ser adaptado, incluindo calçadas adequadas, rampas e sinalização clara.
• Equipamentos: Dependendo da deficiência, pode ser necessário o uso de cadeiras de rodas, próteses ou outros dispositivos de assistência que garantam conforto e segurança durante a atividade.
• Apoio: Ter um acompanhante ou um guia pode ser fundamental, especialmente para pessoas com deficiências visuais ou que necessitam de suporte adicional.
• Preparação: É importante que a pessoa se prepare fisicamente para a atividade, respeitando seus limites e buscando orientação profissional, se necessário.
• Acolhimento: Um ambiente inclusivo, onde todos se sintam bem-vindos, é essencial para a participação de pessoas com deficiência nessas provas.

Ao trazer esta pauta, reforço o compromisso de ajudar PcDs a encontrarem vias capazes de promover benefícios à saúde, como são corridas e caminhadas.

*Wolf Kos é presidente do Instituto Olga Kos; membro do Instituto Brasileiro de ESG; membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável e membro da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA).

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