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Healthtechs de saúde mental ajudam população a ter acesso a tratamentos

A tecnologia pode ser vista como aliada no manejo dos transtornos psiquiátricos, que afetam uma parcela significativa dos brasileiros

Por Cadu Lopes, CEO da Doctoralia*
18 jun 2023, 12h59
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Atualmente, o Brasil lidera o ranking de ansiedade da América Latina (VEJA Saúde/SAÚDE é Vital)
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O país com mais pessoas ansiosas em toda a América Latina! Sim, essa é a posição do Brasil quando falamos de uma das doenças mentais em explosão no mundo.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial sofre com transtornos mentais, ou seja, cerca de 720 milhões de pessoas. Na América Latina, o ranking é liderado pelo Brasil, com quase 19 milhões de pessoas que sofrem com a ansiedade e outros transtornos.

O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% destas ocorreram antes dos 50 anos de idade. Tais dados apenas reforçam algo que todos nós, em diferentes instâncias, já sabemos: é imperativo que se ofereçam tratamentos eficientes para os transtornos psiquiátricos.

O papel das healthechs

Nesse cenário, as healthtechs, startups de base tecnológica criadas com objetivo de solucionar problemas do setor da saúde, ganham cada vez mais relevância. Isso porque tais iniciativas conseguem criar soluções tecnológicas que encurtam distâncias entre médicos e pacientes, auxiliando nos tratamentos.

Entre as vantagens que as mais de mil healthtechs (segundo o estudo Distrito Healthtech Report 2022) podem oferecer, estão a velocidade em analisar perfis e sintomas, precisão na indicação de melhores tratamentos psicológicos ou psiquiátricos, aumento do número de consultas mensais e mais suporte ao paciente.

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+ Leia também: Como as healthtechs já fazem a diferença na saúde dos brasileiros

Outro ganho é a queda de barreiras e a promoção de mais interação entre médico e paciente, principalmente em momentos de crise.

Mais empreendedores engajados

A pandemia que sofremos ainda deixa seus impactos. O aumento da demanda por atendimentos para transtornos mentais chegou ao ápice neste período e não parece retroceder na mesma velocidade. Outro fator que mostra a força das healthtechs são os investimentos aportados nos últimos anos.

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De acordo com dados do Mapeamento Healthtech 2022, da Associação Brasileira de Startups, o investimento em startups de saúde no Brasil mais que dobrou desde 2017, atingindo US$ 1,5 bilhão em 2020.

Ótimos exemplos de cases de sucesso na saúde mental são a Vittude, startup de terapia online, que levantou R$35 milhões, em março de 2022, e a Vitalk, que recebeu R$ 24 milhões.

Podemos concluir, portanto, que, apesar dos tristes dados de crescimento de pessoas que sofrem com os diversos transtornos de ordem mental, há também o aumento de empreendedores engajados em criar as melhores soluções para o tratamento dessa parcela tão significativa da população.

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Vejamos o copo meio cheio e aguardemos as novidades que possam ser, de fato, suporte e acolhimento para essas pessoas.

*Cadu Lopes é CEO da Doctoralia Brasil, Peru e Chile.

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