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Homens vivem 7 anos a menos que mulheres — e a ciência sabe por quê

Expectativa de vida masculina no Brasil é menor que a feminina. Entenda as causas e como mudar esse cenário

Por Antônio Carlos Madeira, médico*
18 set 2025, 11h30
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Durante o processo de envelhecimento, homens se cuidam menos (Design e ilustrações: Laura Luduvig/Veja Saúde)
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Você sabia que, no Brasil, os homens vivem, em média, 7,6 anos menos que as mulheres? Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida masculina é de 72,2 anos, contra 79,8 anos para as mulheres. É uma diferença expressiva, e que merece reflexão.

Muitos brincam dizendo que “as mulheres são mais evoluídas”, mas, sem negar seus méritos, a ciência aponta causas bem concretas para essa disparidade.

Genética x hábitos

As mulheres possuem dois cromossomos X, o que oferece proteção extra contra diversas doenças, incluindo problemas cardiovasculares como o infarto. Já os homens, com apenas um cromossomo X, ficam mais vulneráveis a esses riscos.

Além disso, historicamente, homens fumam e consomem álcool com mais frequência que as mulheres. Embora essa diferença esteja diminuindo entre as novas gerações, ela ainda impacta negativamente a saúde masculina.

Além disso, dados do Ministério da Saúde mostram que causas externas como acidentes, homicídios e suicídios respondem por 75% das mortes entre homens de 20 a 29 anos.

Prevenção é um diferencial feminino

As mulheres tendem a adotar hábitos de vida mais saudáveis, cuidar mais da alimentação e praticar mais atividade física. Mas o diferencial mais marcante é a prevenção:

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  • Apenas 31% dos homens procuraram atendimento médico no último ano, contra 75% das mulheres (IBGE);
  • Consultas preventivas são muito mais comuns entre elas: ginecologistas recebem seis vezes mais visitas de mulheres do que urologistas de homens;
  • Entre adolescentes, o acesso ao SUS foi 150% maior para meninas do que para meninos em 2020.

    +Leia também: Meninas vão 18 vezes mais ao ginecologista do que meninos ao urologista

    Doenças crônicas pesam nas estatísticas

    Hipertensão, diabetes e obesidade também pesam nas estatísticas. A obesidade afeta 23% dos homens e o sobrepeso atinge 59% deles, contra 53% das mulheres. Essas condições aumentam o risco de doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte no país.

    No caso do câncer de próstata, o segundo mais comum entre homens, o INCA estima 72 mil novos casos para 2025, mas a taxa de rastreamento preventivo ainda é baixa.

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    Um convite à mudança

    Agora que você conhece os dados, que tal agir para mudar essa história?

    Pratique exercícios físicos regularmente, tenha uma alimentação equilibrada, modere o consumo de álcool, abandone o cigarro e, principalmente, faça consultas médicas preventivas.

    Cuidar da saúde não deve ser uma reação a uma doença já instalada, mas um compromisso contínuo com a vida. A saúde é um bem de todos. Vamos trabalhar para que ela seja também um bem igualmente duradouro.

    * Antônio Carlos Madeira, médico do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês

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