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Os 5 “D”s da endometriose

No Março Amarelo, o mês de conscientização da endometriose, um especialista aborda os principais sintomas e complicações dessa doença

Por Carlos Alberto Ortiz Teixeira, ginecologista do Hospital e Maternidade Santa Joana e Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista
1 mar 2024, 08h59
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  • A endometriose é uma doença feminina, benigna e crônica que se caracteriza por células do endométrio – a camada que reveste a cavidade uterina – localizadas fora do útero. Geralmente, elas se desenvolvem na pelve e podem comprometer ovários, tubas (trompas), intestino, diafragma e até a parede abdominal.

    Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endometriose, a patologia acomete de 12% a 15% das mulheres no mundo que menstruam (menacme). Além disso, o diagnóstico correto pode levar de 8 a 12 anos, comprometendo e muito a qualidade de vida.

    A causa da endometriose não é totalmente esclarecida, mas acredita-se que a origem pode se dar pela menstruação retrógrada – a que vem das tubas para a cavidade uterina –, associada a alterações imunológicas.

    Entre os sintomas mais comuns da endometriose estão os 5 Ds:

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    Isso além de sintomas urinários – e tudo isso pode vir junto, aliás.

    +Leia também: 29 milhões de mulheres estão na menopausa: precisamos falar mais sobre ela

    A dismenorreia é o termo usado para as dores menstruais muito comuns na endometriose, de caráter incapacitante. A dor pélvica pode ser tipo cólica ou pontadas que iniciam na menstruação e que pioram com o passar do tempo, podendo ocorrer mesmo fora do período menstrual.

    Já a dispareunia é a dor na relação sexual, que também pode piorar com o tempo, caso a endometriose não seja identificada e tratada.

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    E a dificuldade para engravidar? Ela ocorre devido ao quadro inflamatório da patologia, que pode inibir a ovulação e até dificultar a fecundação.

    Por fim, a disquezia é a dor para evacuar, principalmente durante o período menstrual, e que também pode vir acompanhado de sangramento anal.

    O diagnóstico é realizado pelo histórico da pessoa e por exames clínicos, como o de toque vaginal ou retal. Além disso, os exames de imagem são muito importantes para elucidação da endometriose, tais como a ressonância magnética de pelve, a ultrassonografia pélvica transvaginal com preparo intestinal e colonoscopia.

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    Quanto ao tratamento, pode ser clínico ou cirúrgico. Tudo depende dos sintomas e lesões encontrados no exame clínico e de imagens. Do lado das cirurgias, há o advento dos procedimentos minimamente invasivos, como a videolaparoscopia e a plataforma robótica, que apresentam excelentes resultados.

    Vale ressaltar, ainda, que dieta saudável, atividade física, fisioterapia perineal e acupuntura podem colaborar com o tratamento e melhorar a qualidade de vida.

    *Carlos Alberto Ortiz Teixeira, ginecologista especializado em cirurgia robótica do Hospital e Maternidade Santa Joana e Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista

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