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O que você precisa saber sobre preenchimento peniano com ácido hialurônico

Apesar da crescente busca pelo procedimento, o tema ainda é cercado de desinformação, promessas exageradas e, sobretudo, diversos mitos

Por Luddi Oliveira, cirurgião plástico, e Rogério Saint-Clair, urologista e andrologista*
11 jul 2025, 10h00
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Preenchimento peniano com ácido hialurônico tem sido procurado nos consultórios (Foto: halayalex/Freepik)
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Entre os temas que os homens evitam discutir abertamente, poucos causam tanto desconforto quanto a insatisfação com a aparência e o tamanho do próprio pênis. Na prática clínica, é comum ouvirmos relatos de pacientes que se sentem envergonhados, inseguros e até inadequados – especialmente em momentos íntimos.

Muitos relatam que essa insegurança afeta as relações, a autoestima e, em alguns casos, o desempenho sexual. O que para alguns pode parecer uma preocupação supérflua, para outros é um fardo real e duradouro que compromete a qualidade de vida.

Nos últimos anos, o preenchimento peniano com ácido hialurônico despontou como uma alternativa minimamente invasiva para homens que desejam melhorar a aparência peniana e, consequentemente, a relação com o próprio corpo.

Apesar da crescente busca pelo procedimento, o tema ainda é cercado de desinformação, promessas exageradas e, sobretudo, muitos mitos. Buscamos esclarecer, com base científica, o que de fato a aplicação pode ou não oferecer.

+ Leia também: Como funcionam os remédios como o Viagra e a tadalafila?

O ácido hialurônico é uma substância naturalmente produzida pelo nosso organismo. Presente na pele, articulações e outros tecidos, ele é responsável por manter a hidratação, o volume e a elasticidade celular.

Na medicina, é amplamente utilizado há décadas em diversas especialidades, como dermatologia, ortopedia e cirurgia plástica. Quando aplicado sob a pele, o produto atua como um preenchedor: dá volume, suaviza contornos e melhora a textura da região tratada.

No caso do pênis, ele pode ser usado para aumentar a circunferência e, alguns estudos sugerem que, em casos específicos, pode ser uma alternativa para tratar questões como a ejaculação precoce.

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É importante deixar claro que o preenchimento peniano não promove aumento significativo do comprimento do órgão, especialmente no estado ereto.

O que se busca é o ganho de espessura, tanto em repouso quanto no momento da ereção. O resultado é uma aparência mais robusta e proporcional, o que pode trazer impacto positivo significativo na forma como o homem se percebe.

Como funciona a aplicação de ácido hialurônico no pênis?

A técnica consiste na aplicação do ácido hialurônico em uma camada segura do pênis, localizada entre duas membranas chamadas fáscia de Buck e fáscia Dartos.

Essas estruturas recobrem os corpos cavernosos, responsáveis pela ereção, e funcionam como um “espaço natural” para acomodar o preenchedor. Quando respeitado esse plano anatômico e utilizada a técnica correta, a distribuição do produto é homogênea e o risco de complicações é baixo.

Em um estudo de caso que publicamos recentemente, com 52 pacientes, observamos um aumento médio de cerca de 3 cm na circunferência peniana após o preenchimento com o insumo. Os participantes relataram melhora na autoestima, maior confiança durante o sexo e alta satisfação com o resultado estético.

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Não houve registro de complicações graves, e as pequenas intercorrências, como hematomas ou endurecimento temporário do produto, foram tratadas com sucesso, sem deixar sequelas.

Os dados reforçam o que já observamos na prática: quando o procedimento é feito com critério, técnica e acompanhamento adequado, ele pode ser seguro, eficaz e transformar positivamente a vida dos pacientes, não apenas no aspecto físico, mas também emocional.

Mais do que uma intervenção estética, o preenchimento peniano exige um conhecimento profundo sobre a anatomia e o funcionamento do órgão. Por isso, a qualificação dos profissionais envolvidos é fundamental.

Em nossa técnica, desenvolvida ao longo de anos de pesquisa e prática clínica, unimos a expertise da cirurgia plástica e da urologia para definir o material ideal, a dosagem correta e a forma mais segura de aplicação.

+ Leia também: Hipospádia: por dentro da condição que pode causar micropênis

O preenchimento peniano afeta a vida sexual do paciente?

Outro ponto que costuma gerar dúvidas é se a medida pode afetar a função sexual. A resposta é não. Quando realizado corretamente, o procedimento não compromete a ereção, nem a sensibilidade peniana.

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Pelo contrário, alguns estudos têm sugerido que a aplicação de ácido hialurônico na glande pode estar associada a uma leve redução da sensibilidade local, o que, em certos casos, pode contribuir para um maior controle da ejaculação e prolongamento do tempo até o orgasmo.

É fundamental, no entanto, que o paciente compreenda que o resultado não é definitivo. O ácido hialurônico é uma substância absorvível, o que significa que seus efeitos têm duração limitada no corpo, geralmente entre 12 e 18 meses.

Após esse período, o organismo reabsorve o produto de forma gradual e segura. Para quem deseja manter os resultados por mais tempo, são recomendadas sessões de manutenção, sempre com avaliação médica individualizada.

+ Leia também: Dermatologista esclarece os efeitos e indicações do botox para homens

Segurança

Como em qualquer procedimento médico, a escolha do profissional é determinante para a segurança e o sucesso do tratamento. A anatomia peniana é complexa e sensível, e não deve ser manipulada por quem não tem formação adequada.

Recebemos com frequência pacientes que foram submetidos a intervenções mal conduzidas, realizadas por profissionais não habilitados, com consequências que variam de assimetrias graves a necroses e infecções.

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O ideal é que o procedimento seja conduzido por médicos com formação em urologia, cirurgia plástica ou áreas afins, em ambiente controlado e com produtos aprovados por órgãos reguladores como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O preenchimento peniano com ácido hialurônico não é uma solução mágica, tampouco uma exigência estética. É uma possibilidade legítima, baseada em evidências científicas, para homens que desejam melhorar sua autopercepção e viver com mais segurança nos próprios corpos.

Nossa missão, como médicos, é informar com clareza, indicar com responsabilidade e tratar com respeito cada paciente que nos procura, entendendo que autoestima também é saúde.

*Luddi Oliveira é cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

*Rogério Saint-Clair é urologista e andrologista, com pós-doutorado em medicina e membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

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