Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

O Futuro do Diabetes

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes

Qual é o melhor remédio para tratar o diabetes tipo 2?

A resposta depende do seu metabolismo e do seu DNA. E a ciência quer descobrir essas pistas para indicar tratamentos mais certeiros e efetivos

Por Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 7 jan 2019, 10h56 - Publicado em 23 mar 2018, 08h55
Tratamento para diabetes tipo 2
A escolha do remédio vai, cada vez mais, depender de particularidades do paciente. (Foto: Alex Silva/A2 Estúdio)
Continua após publicidade

Na minha humilde opinião, em pleno 2018 a medicina ainda está longe de ser personalizada e individualizada. Ora, usamos os mesmos medicamentos e doses semelhantes desses remédios para pessoas de sexo, idade e composição corporal diferentes. Calma que já chego no diabetes.

Não sabemos se determinado tipo de exercício físico será tão bom para um indivíduo quanto foi para outro. Tampouco conseguimos dizer se uma orientação alimentar específica trará benefícios duradouros para todos os membros de uma mesma família.

Mais recentemente, porém, estamos começando a ver os esboços de uma medicina efetivamente individualizada na seleção de tratamentos para alguns tipos de câncer e até mesmo para alguns transtornos depressivos.

No campo de estudo do diabetes, já podemos vislumbrar os primeiros esforços nesse sentido. Pesquisadores da Eslováquia e da República Tcheca, por exemplo, avaliaram há pouco se a presença de uma determinada mudança no código genético de pessoas com diabetes tipo 2 promoveria respostas diferentes aos remédios usados. Na experiência, foram testados dois dos medicamentos antidiabéticos mais prescritos no mundo: a vildagliptina e a sitagliptina.

A análise acompanhou por seis meses 137 pacientes europeus fazendo uso desses fármacos. Quando se avaliaram as curvas de resposta às medicações, observou-se que a presença de uma discreta mudança genética — tão sutil a ponto de não podermos chamá-la de “mutação” — foi capaz de reduzir o efeito do medicamento em algo próximo a 50%.

Continua após a publicidade

Em paralelo a esse estudo, cientistas britânicos investigaram se o grau da resistência à insulina — quando o hormônio não consegue liberar a entrada da glicose para as células — também interferia na resposta a esses mesmos remédios. A conclusão foi parecida: pessoas com maior grau de resistência insulínica apresentam pior resposta a esse tipo de medicação.

Achados como esses indicam que, muito em breve, poderemos escolher o remédio para tratar o diabetes tipo 2 dependendo do perfil metabólico e genético do paciente. Aí, sim, conseguiremos dizer que entramos na era da medicina personalizada e individualizada.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.