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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Teste simples ajuda a rastrear o Alzheimer em três minutos

Sozinhos, neurologistas não darão conta de encontrar todos aqueles em risco de desenvolver a forma mais comum de demência

Por Carlos Eduardo Barra Couri
6 ago 2024, 17h30
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  • A doença de Alzheimer é uma condição neurológica intimamente ligada ao aumento de expectativa de vida da população. E a mudança na pirâmide etária do Brasil está muito mais acelerada do que o visto em países chamados desenvolvidos. Neste cenário, temos que estar preparados para uma avalanche de novos casos da condição.

    Em 2019 o número estimado de pessoas com Alzheimer no país era de 1,8 milhão e a estimativa para 2030 e 2050 é de 2,8 e 5,5 milhões, respectivamente. E é preocupante é o fato de que pelo menos 75% dos indivíduos que vivem com o problema hoje não possuem o diagnóstico formal, conforme aponta o 1º Relatório Nacional de Demências de 2023.

    Outro ponto relevante: a detecção de formas mais precoces melhora (e muito) o prognóstico e a resposta ao tratamento. E existem ferramentas de rastreamento simples e práticas que diversas especialidades médicas podem e devem utilizar.

    + Leia também: Demência não é tudo igual: saiba quais tipos existem e como diagnosticar

    Um dos estágios iniciais é o chamado comprometimento cognitivo leve, em que já há alterações nos testes de memória e algumas queixas do paciente e seus familiares, mas o mesmo ainda se encontra funcional nas suas atividades diárias domésticas, de lazer e trabalho.

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    Outra etapa ainda mais primária é o declínio cognitivo subjetivo. Trata-se de uma fase em que o paciente e/ou familiares reconhecem queda de capacidade cognitiva e de memória, mas não há alterações nos testes de rastreamento.

    Como fazer o rastreamento no dia a dia do consultório?

    Um dos métodos mais simples, fáceis e sensíveis de rastrear estas formas mais iniciais de demências é o questionário 10-CS. Em menos de três minutos é possível aplicá-lo para ter ideia do padrão cognitivo e de memória dos pacientes.

    Somente com estratégias práticas outras especialidades poderão colaborar para reduzir a elevada taxa de subdiagnóstico de Alzheimer no Brasil. E convenhamos: não há neurologistas suficientes no Brasil para tal tarefa.

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    Este teste deve ser aplicado em populações de maior risco, como aqueles com diabetes, obesidade, pressão alta, alteração do colesterol, obesidade etc. Só para citar um exemplo, o diabetes per se aumenta o risco de Alzheimer em 43%.

    Tanto que a Associação Americana de Diabetes recomenda o rastreamento universal de comprometimento cognitivo leve a partir de 65 anos nos portadores da doença, com repetições anuais.

    Portanto, o básico é o bom controle dos fatores citados acima. Isto todo clínico deve fazer em parceria com o paciente. E o paciente, sabendo desta ferramenta, pode cobrar sua realização nas consultas regulares. Converse com seu médico. Cuide-se. Previna-se.

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