Você sabia que as relações pessoais podem determinar o sucesso ou o fracasso do seu projeto de emagrecimento? Não restam dúvidas de que nossas atividades e comportamentos são pautados pelo grupo com o qual convivemos socialmente.
A história de uma amiga minha deixa isso claro. Ela gostava de vinhos e tinha como hábito beber uma taça diariamente. Além disso, fazia parte de um grupo que se reunia semanalmente para degustações e harmonizações com alimentos.
Em um primeiro momento, esses rituais eram intocáveis — não havia justificativa que a fizesse desmarcar esses encontros regados a vinho. E lembre-se de que o álcool concentra calorias, assim como as comidas que o acompanham.
Certo dia, depois de ver uma pessoa próxima sofrer com complicações do diabetes, minha amiga resolveu dar um passo em outra direção: começou a caminhar uma vez por semana dentro do seu condomínio. Logo, ela conheceu outros moradores que também andavam por ali, ganhando companhia para a atividade física.
Esse grupo dava seus passos três vezes por semana. Ela gostou do convívio e decidiu colocar mais um dia de caminhada na agenda. Como a turma era variada, alguns participantes corriam ao invés de andar.
Eis que esse pessoal se inscreveu em uma caminhada que ocorreria no final de semana em apoio à prevenção do câncer de mama. A atividade mobilizou a todos e ela não quis ficar de fora. A distância do percurso era superior ao que minha amiga estava habituada, mas mesmo assim concordou em participar.
Detalhe: antes dessa prova, ela já havia notado que, quando tomava vinho, o exercício físico do dia seguinte era sempre mais sofrido. Então decidiu não beber na noite anterior à tal caminhada de apoio ao câncer de mama. E o seu desempenho a agradou.
Foi então que suspendeu a bebida alcoólica nos dias anteriores às suas andanças. Com isso, a caminhada evoluiu e ganhou velocidade, diminuindo o tempo no qual percorria cinco quilômetros. Em pouco tempo, minha amiga já estava correndo — ao ponto dos seus companheiros de condomínio a chamarem para fazer parte de uma maratona de grupo em que cada um cobriria cinco quilômetros e pouco.
E lá se foi minha amiga.
Daí em diante, os treinos começaram a se intensificar e, para acompanhar sua nova turma, ela decidiu beber apenas nos dias de descanso. O vinho de todo dia caiu para três vezes na semana.
Logo na primeira prova de dez quilômetros, minha amiga pegou gosto pelo desafio de melhorar o próprio tempo. E para tanto, os treinos ganharam intensidade e frequência.
Hoje, ela corre maratonas sozinha, enquanto o consumo de vinho caiu para duas taças semanais.
Esse relato de caso mostra que muitas das nossas “paixões saudáveis” podem estar adormecidas dentro de nós. E o grupo que convivemos exerce um papel fundamental para despertar essa vocação e mudar os nossos comportamentos.
Sonhe seus projetos em grupo. Assim fica mais fácil de eles se tornarem realidade!