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Choquinhos para a incontinência

Médicos brasileiros desenvolvem método que trata crianças com problemas para fazer xixi e cocô

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 21 dez 2021, 12h33 - Publicado em 21 dez 2021, 12h32
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  • A disfunção vesical e intestinal (DVI) é um pesadelo para pais e crianças, pois causa, ao mesmo tempo, incontinência urinária e constipação.

    O grande problema é que um tratamento único costuma ser difícil, já que a maioria dos remédios que melhoram a bexiga frouxa acaba piorando o intestino preso.

    Mas pesquisadores da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) trazem uma luz no fim desse túnel: de acordo com um estudo recém-publicado na revista médica Journal of Urology, a eletroneuroestimulação parassacral (TENS) é eficaz no tratamento de 70% dos casos.

    Essa técnica já era utilizada para tratar a incontinência urinária, em longas sessões diárias de duas horas, mas a equipe baiana, mudando os parâmetros da estimulação elétrica, conseguiu que encontros de 20 minutos, três vezes na semana, dessem conta dos dois distúrbios de uma só vez.

    “Por meio de um método eficaz e já fornecido pelo SUS, podemos proporcionar mais conforto à criança e evitar medicações com efeitos colaterais”, afirma o uropediatra Ubirajara Barroso Jr., líder do trabalho.

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    + Leia também: A atividade física é aliada ou inimiga da incontinência urinária? 

    Como funciona a eletroestimulação

    Processo não é invasivo nem causa dor — foram 20 sessões por paciente

    1. Aparelho
    Eletrodos de superfície são colocados sobre a região parassacral da coluna (entre as vértebras S2 e S4, acima do bumbum), onde emitem os estímulos.

    2. Caminho
    As correntes elétricas provocam um leve formigamento ao acionar o nervo sacral, que conecta o trabalho da bexiga e do intestino ao cérebro.

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    3. Treino
    A estimulação elétrica “educa” o cérebro, fazendo-o reconhecer a sensação de encher a bexiga e a necessidade de evacuar, e tratando, assim, a DVI.

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    Orientações aos pequenos

    Algumas atitudes das crianças acabam contribuindo para a piora da condição. Por isso, é importante desde cedo instruir os pequenos a não ficar prendendo a urina e a vontade de fazer cocô, beber bastante água e fazer as necessidades sem pressa.

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    Vale evitar muito líquido antes de dormir e perguntar ao longo do dia se a criança foi ao banheiro.

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