Durante a pandemia de Covid-19, exames que detectam o Sars-Cov-2 ou os anticorpos desenvolvidos como resposta a ele viraram parte do dia a dia. Mas ainda há muita confusão sobre como e quando fazer cada tipo.
“As principais indicações no momento são para suspeita da infecção, rastreamento de contatos e como parte de estudos epidemiológicos, no caso dos testes sorológicos”, resume o infectologista André Giglio Bueno, professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas e curador do projeto HubCovid.
Veja um resumo das situações e recomendações, bem como detalhes sobre as metodologias disponíveis:
E a tomografia e o raio-x?
Em casos leves, não há indicação de exames de imagem. Para quem precisa ser internado ou está com sintomas mais severos, eles ajudam a diferenciar a Covid-19 de outros quadros respiratórios e avaliar a extensão dos danos pulmonares.
O papel do médico
Você pode fazer um teste sem consulta prévia, mas o ideal é falar com o profissional para saber qual é o exame mais adequado e interpretar corretamente os resultados. Nem sempre o laudo negativo é sinal de tranquilidade. E o positivo pede orientações imediatas.
O futuro dos testes
Abordagens promissoras prometem ampliar nossa capacidade de encurralar o coronavírus:
Dois coelhos num teste só: A empresa Vyttra Diagnósticos lançou recentemente um teste rápido que pesquisa o antígeno do Sars-CoV-2 e o da influenza, por trás da gripe, ao mesmo tempo.
O que a tosse diz: Pesquisadores do Hospital Moinhos de Vento (RS) desenvolvem um aplicativo que pesquisa a Covid-19 pela tosse. Ele já tinha passado por provas positivas na tuberculose.
Apoio dos robôs: As empresas Kunumi e Fleury anunciaram uma ferramenta de inteligência artificial que realiza a triagem de casos suspeitos por meio de alterações no hemograma comum.
No rastro das variantes: Hoje essa busca é feita com sequenciamento genético, mas há alternativas mais baratas e rápidas chegando ao mercado, à base da tão citada tecnologia PCR.
Olho nas células: Além dos anticorpos, outras células de defesa são importantes na proteção e reação contra a Covid-19. A Dasa vai iniciar estudos para facilitar a dosagem delas no dia a dia.
O Brasil precisa testar mais
Fontes: Ministério da Saúde; Anna Luiza Szuster, diretora de relações internacionais da MedLevensohn; Celso Granato, infectologista do Fleury Medicina e Saúde; Gustavo Campana, diretor médico da Dasa.