Anti-HBs: saiba o que indica resultado do exame para hepatite B
Teste simples de sangue pode informar paciente se há imunidade contra hepatite B

O teste para detectar hepatite B faz parte dos exames de rotina para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), mas a investigação também pode ser recomendada em outros casos. O anti-HBs é um dos integrantes do painel de hepatite B: mais de um exame é necessário para confirmar se há uma infecção ativa do vírus.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que apenas 13% das pessoas que vivem com hepatite B tenham conhecimento da doença. Além de existir uma vacina contra o vírus, a infecção é tratável, desde que detectada com rapidez. Sem tratamento, a condição pode ser fatal.
Por isso, o anti-HBs é um teste importante para o processo diagnóstico. Com o resultado em mãos, é possível saber se alguma ação deve ser tomada e definir qual o melhor curso de tratamento.
Como funciona o anti-HBs?
O exame anti-HBs é baseado em um marcador sanguíneo, o anticorpo contra antígeno de superfície de hepatite B. Diferente de outros tipos de teste, o anti-HBs indica o estado da imunidade do organismo.
Um resultado reagente aponta para a presença de anticorpos no sangue. Isso significa que a pessoa foi vacinada contra a hepatite B, já que o imunizante produz anticorpos contra o vírus, ou que a pessoa se recuperou de uma infecção.
O teste consiste em uma coleta de sangue simples. Os índices só podem ser devidamente avaliados por um médico.
Outros exames são essenciais para complementar o diagnóstico. O HBsAg é baseado nos antígenos de superfície para hepatite B. O resultado aponta se há infecção, seja ela aguda ou crônica. A exceção é quando o paciente recém se vacinou.
O exame de IgM anti-HBc assinala uma infecção recente e é solicitado quando há suspeita de quadro agudo.
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Quando é indicado
O exame é indicado quando alguma queixa de saúde pode levantar suspeitas para infecção por hepatite. Outros casos em que o teste é recomendado incluem situações em que houve comportamento de risco para contaminação ou em que há necessidade de confirmar o estado de saúde do paciente:
- Relação sexual sem uso de preservativos;
- Compartilhar seringas, alicates e outros materiais perfurocortantes contaminados pelo sangue ou fluidos de outras pessoas;
- Ter feito uma tatuagem ou piercing sem procedimentos de biossegurança;
- Estar grávida;
- Ter histórico de infecções sexualmente transmissíveis;
- Imunosupressão;
- Realizar diálise dos rins.
O vírus da hepatite pode gerar uma infecção aguda ou crônica. Em casos crônicos, há possibilidade de evolução para cirrose hepática e o risco de desenvolver câncer de fígado cresce.
A vacina contra o vírus deve ser aplicada logo ao nascer. Mas se a pessoa não foi imunizada nesta idade, pode buscar a rede pública de saúde para se vacinar com as três doses, independente da idade.