Câncer de pulmão: é hora de rastreá-lo
Entidades apresentam novas orientações para diagnosticar a doença mais cedo
Estima-se que 32 mil novos casos de câncer de pulmão são detectados ao ano no Brasil. A maior parte é identificada tardiamente, o que leva a doença a ter a taxa de mortalidade de até 82%.
Para mudar o cenário, entidades médicas elaboraram um documento inédito em prol do diagnóstico precoce.
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O 1º Consenso Brasileiro para Rastreamento de Câncer de Pulmão indica que a tomografia do tórax de baixa radiação deve ser realizada anualmente em pessoas com histórico de tabagismo que cumpram alguns critérios.
“É um exame mais preciso do que o de raios X e não afeta a evolução de nódulos pulmonares”, explica o médico Daniel Bonomi, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT).
“Estudos mostram que, com o rastreamento, é possível diminuir a mortalidade em 20 a 25%.” As novas orientações também estão em linha com programas internacionais.
O Brasil já foi referência na redução do fumo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas atualmente vive uma onda de aumento pela popularização de cigarros eletrônicos.
“É importante ressaltar que eles também têm substâncias tóxicas — e, muitas vezes, mais concentradas”, alerta Bonomi.
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Para quem é o exame?
Os critérios segundo o consenso
- Ter de 50 a 80 anos de idade
- Fumar regularmente ou ter parado de fumar há menos de 15 anos
- Apresentar uma carga tabágica de 20 anos-maço. Para calcular a carga tabágica, o paciente deve dividir a média de cigarros tragados diariamente por 20 (padrão do maço). Depois, o valor é multiplicado por anos de fumo. Exemplo: quem fuma dez cigarros por dia há 40 anos tem carga de 20 anos-maço.