As pastilhas mastigáveis são a mais nova categoria no mercado de saúde bucal.
Geralmente com pegada vegana, costumam ser formuladas com adoçantes de ação antibacteriana (portanto, não promovem cáries), estimulam a salivação e possuem compostos que, segundo os fabricantes, protegem o esmalte dentário e combatem as placas bacterianas.
Tudo isso com o trunfo da praticidade: dá para levar na bolsa e, como prometem alguns anúncios por aí, usá-las na ausência da escova ou do enxaguatório bucal.
Parece ótimo, né? Pena que falta comprovação sobre essas virtudes.
“Doze marcas vendem o produto no Brasil, e dezenas estão disponíveis nos EUA. Porém, não há nenhum estudo clínico comprovando tais benefícios. Elas podem entrar como um extra, só não substituem os métodos consagrados”, afirma o dentista Ricardo Amore, do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp).
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Insubstituíveis
Até o momento, nada supera a escovação e o fio dental (ou escovas interdentais)
Limpeza mecânica
O que a escova de dente faz, nenhum outro recurso imita: uma limpeza física que tira restos de comida e desorganiza a placa bacteriana, impedindo a ação dos micróbios.
Acesso aos vãos
As regiões entre os dentes precisam ser muito bem limpas, e apenas o fio dental e as escovas interdentais são capazes de promover essa
faxina direito.
Não é creme…
As pastas possuem compostos ativos que ajudam a blindar a dentição. Pastilhas alegam ter os mesmos ingredientes, mas não há evidências de que tragam resultados equivalentes.
…nem enxaguante
As cápsulas estimulam a salivação (algo bem-vindo), mas não são páreos para os enxaguatórios bucais. Na dúvida, consulte seu dentista e opte pelos meios tradicionais.