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Coronavírus: 6 medidas antes de flexibilizar o isolamento social

A Organização Mundial da Saúde listou critérios a serem preenchidos antes de afrouxar o distanciamento social. Veja como o Brasil está em cada um

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 18 ago 2020, 10h47 - Publicado em 14 abr 2020, 19h13
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  • Uma revisão de 29 estudos do Instituto Cochrane mostra que a quarentena e medidas de isolamento social reduzem de 31 a 63% o número de mortes por coronavírus (Sars-CoV-2). Se a eficácia dessas estratégias é inegável, restam dúvidas sobre qual o momento ideal de flexibilizá-las. Daí porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou seis critérios que devem ser preenchidos antes de começar a afrouxar paulatinamente o controle de movimentação da população.

    Esses itens foram criados pensando mais em países da Ásia e da Europa, onde a pandemia se disseminou antes do que aqui. Portanto, o número de novos casos e óbitos de Covid-19 por dia começa a diminuir em boa parte das nações dessas regiões.

    Uma pesquisa chinesa publicada no The Lancet sugere que um relaxamento prematuro das políticas de isolamento social culminaria em um crescimento rápido de mortes pelo coronavírus — e desperdiçaria parte do esforço conjunto de antes. “Uma decisão precoce pode acelerar a transmissão e gerar uma segunda onda de infecções”, escreveram os cientistas Shunqing Xu e Yuanyuan Li, da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, em um comentário sobre esse estudo.

    Separamos abaixo os pontos propostos pela OMS que devem ser cumpridos antes de começar a diminuir as medidas de isolamento social. E trouxemos informações breves sobre onde o Brasil se encontra em cada um:

    1) Transmissão do vírus controlada: no Brasil, o número de novas mortes registradas em um dia bateu recorde hoje, 14 de abril. São 204 falecimentos.

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    2) Sistemas de saúde com capacidade de detectar, testar, isolar e tratar todas as pessoas com coronavírus e os seus contatos mais próximos: nosso país realizou apenas 296 testes a cada 1 milhão de habitantes, segundo o site Worldometer. Ocupamos a 131ª posição nesse quesito.

    3) Controle de surtos em locais especiais, como instalações hospitalares: boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde demonstram preocupação com a incidência de infecções em médicos e outros profissionais, além de admitir que pode haver falta de equipamentos de proteção individual, como máscaras.

    4) Medidas preventivas de controle em ambientes de trabalho, escolas e outros lugares onde as pessoas precisam ir: não houve uma ampla discussão sobre o assunto no Brasil.

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    5) Manejo adequado de possíveis novos casos importados: as fronteiras brasileiras já estão cheias de restrições. Mas, sem capacidade de testagem rápida, fica difícil frear efetivamente pessoas infectadas vindas de fora.

    6) Comunidade informada e engajada com as medidas de higiene e as novas normas: há registros em São Paulo e em outras cidades de pessoas se manifestando contra as medidas sociais, além de aglomerações desnecessárias. Isso sugere que ainda há bastante gente negligenciado a pandemia de coronavírus.

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