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Coronavírus: Ministério da Saúde anuncia novas medidas de contenção

Para evitar a transmissão do novo coronavírus no Brasil e casos graves, governo recomenda isolamento de viajantes, cancelamento de grandes eventos...

Por Da Redação
Atualizado em 12 mar 2021, 12h24 - Publicado em 13 mar 2020, 18h42
como prevenir coronavirus viagemavirus
O coronavírus está se disseminando pelo Brasil. (Ilustração: Helena Sbeghen/SAÚDE é Vital)
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Com o avanço do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, o Ministério da Saúde anunciou recomendações que as autoridades e a população em geral devem adotar de agora em diante. Destacam-se o isolamento domiciliar de todo viajante internacional que retornar ao Brasil e o cancelamento ou adiamento de grandes eventos.

O objetivo é e evitar um crescimento acelerado no ritmo de casos confirmados. O Ministério da Saúde somou 98 infecções pelo vírus até o dia 13 de março.

Essas estratégias foram repassadas aos estados, porém não são obrigatórias. “As recomendações devem passar por uma reflexão dos gestores locais, para que eles as adaptem de acordo com suas localidades”, ponderou Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em coletiva de imprensa.

Sobre as pessoas que estão voltando de uma viagem internacional, a orientação é passar sete dias isolado em casa e atentar para os sintomas da Covid-19, a doença provocada pelo Sars-Cov-2. Se surgir febre em conjunto com sintomas respiratórios (tosse, falta de ar), o indivíduo deve visitar um hospital. Por outro lado, sinais leves e isolados, como coriza, só pedem uma ligação para o número 136, onde profissionais darão orientações específicas sem expor a pessoa a um ambiente com maior circulação de patógenos.

Outro pedido é para que os organizadores de grandes eventos cancelem ou adiem essas atividades. Uma alternativa é realizá-las sem público. Isso vale para campeonatos esportivos, congressos e por aí vai.

O Ministério da Saúde ainda focou especificamente nos cruzeiros, mandando que eles sejam postergados. Essa é a única determinação obrigatória para todo o Brasil.

Outras recomendações gerais do governo federal envolvem:

  • Colocação de equipamentos com álcool em gel em serviços públicos e privados. Toalhas de papel também devem estar disponíveis
  • Aumento na frequência de limpeza de locais onde muita gente coloca as mãos corriqueiramente. Exemplos: maçanetas e corrimãos
  • Se você possui uma doença crônica ou é idoso, evite grandes aglomerações
  • As medidas de higiene precisam ser redobradas. Lave as mãos com regularidade, passe álcool em gel, evite apertos de mãos e abraços…

Essas táticas dariam tempo para o sistema de saúde lidar com os pacientes mais graves sem uma sobrecarga enorme. “Se não adotarmos nenhuma das medidas, o número de casos no Brasil pode dobrar a cada três dias”, calculou Oliveira.

Recomendações para áreas com transmissão local do coronavírus

Esse tipo de transmissão é marcado por uma infecção ocorrida dentro de um determinado local. Entretanto, ao contrário da transmissão sustentada (falaremos das propostas para ela mais adiante), as autoridades conseguem rastrear a origem do contágio.

No momento, a Bahia tem um caso de infecção local. São Paulo e Rio de Janeiro também possuem episódios do tipo — assim como de transmissão sustentada, quando já não dá para rastrear o caminho do vírus até o paciente, o que sugere uma maior circulação da enfermidade.

De qualquer maneira, o Ministério da Saúde recomenda que gestores e moderadores de lugares com transmissão sustentada avaliem incorporar as seguintes estratégias:

  • Pacientes com doenças crônicas devem pedir receitas de remédios com maior validade para irem aos postos de saúde com menos constância
  • Priorizar o atendimento e a testagem de indivíduos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG)
  • Cancelar ou adiar eventos pontuais em locais fechados com mais de 100 pessoas.

Medidas para regiões com transmissão sustentada do coronavírus

O Ministério da Saúde sugere restrições adicionais para lugares onde há transmissão sustentada da Covid-19. Como dissemos, são casos em que as autoridades não encontraram a origem da infecção pelo novo coronavírus.

São Paulo e Rio de Janeiro tiveram transmissões comunitárias confirmadas até o dia 13 de março, como mostra VEJA. “Se reduzirmos em 50% o trânsito de pessoas, conseguiríamos controlar a epidemia”, afirmou Oliveira. Para lugares nessa situação, as recomendações são:

  • Estímulo das empresas a trabalho remoto e reuniões virtuais. Isso impede tanto o contato no ambiente corporativo como diminui o uso de transporte público, onde há aglomeração de pessoas
  • As firmas ainda precisariam fomentar horários alternativos e escalas de trabalho
  • Instituições de ensino devem considerar a antecipação das férias. A prefeitura do Rio de Janeiro suspendeu as aulas nas escolas municipais por uma semana
  • Elas também têm que valorizar ferramentas de ensino a distância para não afetarem tanto o calendário escolar
  • Pessoas em geral devem evitar horários de pico de diferentes serviços. Isso vale para as compras em supermercados

Quarentena por coronavírus

As medidas propostas acima não são sinônimo de quarentena. Nesse cenário específico, haveria uma restrição legal e intensa de uma determinada região. Estabelecimentos são fechados, toda a população local fica isolada etc.

O Ministério da Saúde indica que a medida seja considerada quando 80% ou mais dos leitos de UTI disponíveis para a Covid-19 estejam ocupados. Mas atenção: isso não vale necessariamente para uma cidade inteira. “É possível pensar na quarentena para um bairro especialmente atingido ou mesmo para um hospital”, complementou Oliveira.

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