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Dengue em grávidas: quais os riscos e que cuidados tomar

Gestantes fazem parte da população de risco para complicações da dengue, com cinco vezes mais chances de desenvolver sintomas graves

Por Maurício Brum Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 mar 2024, 10h47
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Cuidado com o mosquito da dengue deve ser redobrado na gravidez, pois ele ainda pode carregar os vírus zika e chikungunya (Freepik/Freepik)
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O corpo da gestante passa por uma série de alterações hormonais e imunológicas durante a gravidez. Esse processo, embora totalmente natural, acaba deixando grávidas expostas a um risco maior de complicações para várias doenças. A dengue é uma delas, o que aumenta a preocupação em períodos de epidemias e surtos como o Brasil atravessa em 2024.

Um estudo publicado em 2022 por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) concluiu que o risco de complicações da dengue em gestantes é mais de cinco vezes maior quando comparado à média da população feminina. Em geral, elas precisaram ser hospitalizadas quase três vezes mais do que pessoas não grávidas.

Com perigos aumentados, é importante entender as especificidades de um caso de dengue na gravidez, para tratar o quadro da forma mais segura para gestante e bebê. Saiba mais abaixo.

Como tratar a dengue na gravidez

Repouso e hidratação são palavras de ordem em caso de suspeita de dengue. Normalmente, os sintomas cedem em até 10 dias, com o corpo combatendo naturalmente o vírus.

Em geral, o tratamento busca aliviar incômodos como a febre, o mal-estar e as dores pelo corpo. Busque sempre orientação médica sobre quais analgésicos e antitérmicos tomar durante a gravidez.

Em qualquer cenário de suspeita de dengue, nunca utilize remédios como aspirina, ibuprofeno ou nimesulida – uma regra que vale também para pessoas que não são gestantes.

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O maior perigo da dengue é a desidratação, então lembre sempre de beber água. Se houver sinal de agravamento ou prolongamento dos sintomas, procure imediatamente um serviço de saúde. Pode ser necessária uma hospitalização para monitorar a evolução do caso, especialmente na gravidez.

+Leia também: Estou com dengue? O que fazer em caso de suspeita da doença

Por que grávidas têm um risco maior em caso de dengue?

Ainda não se sabe exatamente o que gera um risco maior de complicações em gestantes. Acredita-se que as alterações sofridas pelo corpo durante a gravidez sejam um fator importante, mas o mecanismo por trás disso não é totalmente compreendido pela ciência.

Existe perigo para o bebê?

Em geral, a dengue não afeta o desenvolvimento do bebê, mas alguns estudos apontam para um risco maior de morte fetal, embora mais pesquisas sejam necessárias.

Também é preciso ter atenção especial no final da gravidez, já que as alterações causadas pelo vírus podem provocar hipertensão gestacional.

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Um contágio nos últimos dias da gestação também pode levar à chamada dengue congênita, quando a criança nasce com a doença, que neste caso é transmitida pela mãe.

Como se proteger do mosquito durante a gestação

Evitar o acúmulo de água parada continua sendo fundamental contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Não invista em soluções caseiras como a borra de café, que não tem eficácia comprovada.

Além disso, use mosquiteiros e telas nas janelas, e confira sempre se o repelente utilizado é seguro para gestantes e segue as normas da Anvisa.

É importante lembrar que a vacinação contra a dengue ainda não está disponível para gestantes. Essa é uma contraindicação comum de imunizantes produzidos a partir do vírus vivo atenuado, como é o caso da Qdenga.

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Os cuidados não valem só para a dengue: afinal, o Aedes aegypti pode carregar outras doenças que também preocupam grávidas, como o zika (associado à microcefalia em bebês) e o chikungunya.

A proteção deve continuar mesmo após a pessoa já ter superado um caso de dengue: é possível voltar a ter a doença durante a gravidez, caso a gestante seja picada por um mosquito carregando outro sorotipo do DENV, o vírus da dengue.

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