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Desodorante em pedra: como funciona e qual a diferença para os outros?

Produtos vendidos como naturais e sem alumínio podem induzir a escolhas equivocadas em consumidores

Por Clarice Sena
20 abr 2025, 06h00
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Desodorante em pedra é vendido como alternativa mais saudável do que o tradicional. Faz sentido? (marugod83/Getty Images)
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Os desodorantes em pedra são a nova sensação do mercado, propagandeados como mais naturais e seguros por personalidades influentes. Mas se nem tudo que reluz é ouro, e nem tudo que é vendido como natural pode ter uma composição tão simples como aparenta.

Será que adquirir esses produtos não é comprar gato por lebre?

A promessa é de reduzir a transpiração e neutralizar odores de forma econômica, já que a duração estimada do produto é de até três anos.

No rótulo, geralmente há o lembrete de que não há cloridrato de alumínio na composição, uma substância “demonizada” sob o argumento de ser cancerígena. As embalagens transparentes que lembram desodorantes roll-on ou em uma caixinha contém uma barra esbranquiçada que lembra um cristal.

Entenda se há mesmo alguma diferença entre esses e outros desodorantes no mercado.

+Leia também: Desodorante sem alumínio funciona? É mais saudável? Entenda

De que são feitos os desodorantes em pedra?

Atualmente, a maioria dos produtos vendidos como desodorante em pedra consistem em alúmen de potássio em forma sólida e embalada. Essa substância é popularmente conhecida como pedra hume, um composto extraído de um mineral chamado alunita e formado por átomos de alumínio, potássio, oxigênio e enxofre.

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Apesar das alegações, nem sempre essas pedras são totalmente naturais, podendo ser fabricadas em um processo industrial que obtém a versão sintética.

Outra questão relevante é sobre a função desses produtos. Apesar do termo “desodorante” ser amplamente utilizado, nem sempre eles são o mesmo que os antitranspirantes – produtos destinados a diminuir a secreção do suor.

Enquanto estes buscam eliminar os odores nas axilas restringindo a transpiração, os desodorantes costumam ter perfumes que ajudam a disfarçar o cheiro misturado com outros compostos antibactericidas, mas não necessariamente bloqueiam o suor.

Esse é outro ponto importante: apenas o suor não é capaz de causar o temido “cecê”, os verdadeiros responsáveis pelo odor são os microrganismos presentes na região embaixo do braço que atuam na decomposição do suor e de células mortas da pele.

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Alumínio, o xis da questão

O debate sobre os efeitos do alumínio em desodorantes e antitranspirantes na saúde humana ainda é motivo de muita controvérsia, mesmo entre especialistas.

O assunto ainda requer pesquisas mais conclusivas, mas alguns estudos apontam que a pele não é capaz de absorver uma grande quantidade tanto do alúmen de potássio quanto de cloridrato de alumínio. A absorção desses compostos é igualmente insignificante em comparação com outras vias.

+Leia também: Desodorante sem alumínio funciona? É mais saudável? Entenda

Enquanto algumas fontes sugerem que grandes quantidades de alumínio no organismo podem ser prejudiciais, instituições renomadas como a American Cancer Society afirmam que não há evidências científicas de que o uso de antitranspirantes cause ou agrave o câncer de mama, por exemplo.

De todo modo, os produtos comercializados no Brasil que passam pela aprovação da Anvisa são considerados seguros para uso.

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Se a preocupação com a sudorese permanece, algumas estratégias naturais são a esfoliação eventual da pele das axilas e limpeza com sabonetes adstringentes. Não utilize substâncias que podem agredir a derme nesta região. Antes de qualquer medida, consulte um dermatologista.

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