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Doença celíaca: sintomas, alimentação, diagnóstico e tratamento

A dificuldade para processar o glúten que vem da dieta causa reações dos pés à cabeça, em especial no intestino. Conheça o problema e como contorná-lo

Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro
Atualizado em 14 fev 2020, 18h28 - Publicado em 3 abr 2017, 13h10
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  • A doença celíaca é uma reação exagerada do sistema imunológico ao glúten, proteína encontrada em cereais como o trigo, o centeio, a cevada e o malte. De origem genética, pode causar diarreia, anemia, perda de peso, osteoporose, câncer e até déficit de crescimento em crianças.

    O corpo de quem tem o problema não possui uma enzima responsável por quebrar o glúten. Como a proteína não é processada direito, o sistema imune reage ao acúmulo e ataca a mucosa do intestino delgado. Isso causa lesões e prejudica o funcionamento do órgão.

    A doença celíaca costuma dar os primeiros sinais entre o primeiro e o terceiro ano de vida, período em que muitos dos cereais são introduzidos na dieta das crianças. Mas há casos em que o diagnóstico só acontece na vida adulta, quando o indivíduo já apresenta carências nutricionais graves, pela falta de sintomas específicos.

    Sinais e sintomas

    – Barriga estufada

    – Gases

    – Ânsia de vômito

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    – Diarreia

    – Irritabilidade

    – Perda de peso

    – Lesões na pele

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    Queda de cabelo

    Fator de risco

    – Predisposição genética: familiares de pacientes celíacos têm maior risco de desenvolver o quadro

    A prevenção

    Por ora, não existem maneiras de impedir o aparecimento da doença celíaca. Porém, como a genética está envolvida no processo, o histórico familiar pode ajudar no diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de adaptar a dieta e evitar lesões no intestino.

    O diagnóstico

    Com sintomas parecidos a diversos outros problemas gastrointestinais, não é fácil ter certeza de que o glúten é o responsável pelo incômodo. Casos confirmados de doença celíaca na família ajudam o médico a direcionar a investigação. O diagnóstico inclui exame de sangue, que verifica a presença de anticorpos específicos do problema. Mas, sozinho, esse teste não é suficiente.

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    Para confirmar a detecção, o gastroenterologista prescreve a biópsia do intestino delgado. Essa é a única maneira de flagrar com certeza a doença celíaca. Com esse exame, é possível verificar se as vilosidades, pequenas dobras do órgão responsáveis pela absorção de nutrientes, estão atrofiadas.

    O tratamento

    Não existem medicamentos ou procedimentos específicos para tratar a doença celíaca. A única maneira de se livrar dos transtornos intestinais e evitar complicações é eliminar todos os produtos com glúten do cardápio. A lista de alimentos que devem ser evitados é extensa. Pão, macarrão, pizza e pastel devem sair do cardápio. Há produtos que possuem glúten e pouca gente sabe. É o caso de molhos prontos, sopas instantâneas, achocolatados em pó e até cerveja.

    Um nutricionista ajuda a tirar dúvidas sobre a dieta restritiva e orienta como substituir os itens que não podem entrar na dieta. Farinha de milho, de arroz e de mandioca, por exemplo, estão livres da substância. A lei brasileira ainda obriga que a indústria de alimentos informe no rótulo se aquele produto contém glúten ou não.

    Nem todo paciente celíaco tem o mesmo grau da doença. Há casos sensíveis em que apenas 50 miligramas da proteína — o equivalente a um centésimo de uma fatia de pão — já lesionam as paredes do intestino. Em outros casos uma pequena quantidade de glúten é tolerada.

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    Após suspender o consumo da proteína de trigo, cevada e centeio, a mucosa do intestino começa a se recuperar. Em geral, o órgão fica novo em folha dentro de 1 a 2 anos depois do corte total de glúten.

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