Esfoliante corporal faz bem? Quem pode usar?

A esfoliação é uma etapa do skincare que pode ajudar a renovar a pele, eliminando células mortas e potencializando o efeito de outros cosméticos. O problema é que, se mal utilizados, esfoliantes podem levar a irritação e lesões cutâneas.

Há uma variedade de opções no mercado: esfoliantes físicos, químicos e até enzimáticos são vendidos como capazes de trazer mais viço à pele e eliminar manchas e cicatrizes.

O ideal, claro, é consultar o dermatologista antes de adicionar esse tipo de produto à sua rotina de cuidados. Quem tem pele sensível ou sofre com acne pode ter efeitos indesejados ao usar um esfoliante no rosto ou no corpo.

Saiba quais são os benefícios dos esfoliantes e aprenda a escolhar o tipo mais adequado para você.

Esfoliante faz bem para a pele?

Os esfoliantes promovem uma abrasão leve da camada mais superficial da pele. Assim, eles aceleram o processo natural de renovação celular, em que as células mortas são removidas. A esfoliação também aumenta a capacidade da pele absorver hidratantes e outros cosméticos ou tratamentos tópicos. O movimento de massagem feito ao aplicar os esfoliantes ainda promove a circulação sanguínea.

Embora remover as sujeiras e impurezas acumuladas na pele pareça uma boa ideia, os esfoliantes nem sempre são bem-vindos. Em quem tem pele sensível, acneica, ou está apresentando algum tipo de lesão, é melhor deixar a esfoliação de lado.

Isso porque o excesso de abrasão pode prejudicar a barreira cutânea: a camada natural de lipídios que segura a hidratação na derme. Vermelhidão, ardência, coceira e irritação são alguns sinais de que a barreira cutânea foi danificada – e podem aparecer tanto na pele do rosto quanto do corpo.

Com a barreira cutânea rompida, vírus e bactérias podem se aproveitar da vulnerabilidade da derme e provocar infecções. Se você já tem alguma lesão na pele, como acne ou dermatite, o uso de esfoliantes também pode atrapalhar a cicatrização.

A indicação de dermatologistas é esfoliar de 1 a 2 vezes na semana, a depender se seu tipo de pele é mais oleoso ou mais seco. É importante sempre combinar a esfoliação com hidratantes potentes (mesmo se sua pele é oleosa).

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Esfoliação física ou química: como escolher?

O princípio da esfoliação física parte da fricção de partículas pequenas contra a pele, de forma a remover as células mortas. Já a esfoliação química ou enzimática envolve ativos que estimulam a renovação da pele. O melhor produto sempre vai depender do tipo de pele e de seu estado de saúde.

No universo dos esfoliantes físicos, o recomendado é fugir das opções caseiras, como café ou açúcar. De tamanhos irregulares, os grãos podem agredir a pele e causar micro arranhões.

O ideal é mesmo utilizar esfoliantes físicos baseados em ativos naturais: os sintéticos, em geral compostos de polietileno, contém microplásticos que acabam poluindo o meio ambiente ao escorrerem pelo ralo e chegarem a corpos d’água.

No caso de esfoliantes corporais, os grãos podem ser maiores do que nos produtos destinados para o rosto. Também não dá para deixar a hidratação de lado: use um sabonete hidratante ou um óleo corporal junto do esfoliante.

Faça a esfoliação na pele limpa e molhada. Depois de aplicar o esfoliante em movimento circulares, deixe o produto agir por alguns minutos antes de remover com água.

Os esfoliantes químicos costumam ser mais utilizados na pele do rosto. Entre os mais populares, estão o ácido glicólico, o ácido salicílico e o ácido mandélico.

Já os esfoliantes enzimáticos atuam dissolvendo as células mortas, promovendo a renovação da pele. No entanto, ainda são necessários mais estudos clínicos para atestar a efetividade desse tipo de produto. Por via das dúvidas, sempre consulte seu dermatologista.

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