Dores ao caminhar são um problema comum, mas isso não quer dizer que sejam normais. Caso você sinta esse incômodo ao se locomover, tome cuidado: nem sempre é um problema que se resolve tirando os sapatos e botando as pernas pro alto. Ele pode ser o início de uma condição crônica conhecida como esporão do calcâneo.
Antes de mais nada, vale desfazer qualquer dúvida: o calcâneo tem esse nome tão parecido com calcanhar porque é, precisamente, o osso que fica na extremidade traseira do pé.
E, assim como as “esporas” de uma bota funcionam como um prolongamento do corpo, o “esporão” que surge ali é uma protuberância óssea que realmente aumenta essa parte do pé. Mas isso não é algo desejável.
O esporão só surge porque há um problema anterior, seja no seu calçado, na sua postura ou mesmo na forma como o peso do seu corpo é sustentado pelos pés. Por isso, atenção aos sinais, para não deixar o inconveniente se tornar ainda pior.
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O que causa o esporão de calcâneo
É uma questão de peso: o esporão surge quando os pés precisam lidar com uma pressão excessiva ou desequilibrada. Isso até pode ocorrer em função da obesidade, mas qualquer pessoa pode sofrer com isso se os pés não estão pisando direito no chão.
O esporão surge também em função de sapatos que não respeitam o arco dos pés, por caminhar ou correr em excesso, ou por condições naturais como pés planos (chatos) ou pés cavos (com o arco elevado), que também afetam a distribuição do peso.
Com o tempo, essa pisada inadequada vai provocando um crescimento do osso do calcâneo, e essa protuberância se torna cada vez mais dolorosa se nada for feito para mitigar o problema. Sem tratamento, a dor pode se tornar incapacitante, impedindo atividades físicas ou mesmo uma simples caminhada.
Como tratar o esporão no pé
O método preferencial é sempre realizar técnicas não invasivas. Isso passa por escolher sapatos mais adequados ao seu peso e pisada, pelo uso de palmilhas ortopédicas, por exercícios de fisioterapia e por métodos de alongamento e fortalecimento da panturrilha.
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Medicamentos anti-inflamatórios, corticosteroides e aplicação de gelo também podem ajudar com crises de dor pontuais.
Mas é importante ter em mente que o esporão em si não desaparece com nenhuma dessas técnicas. A maioria dos casos costuma ter seus sintomas controlados com adequações simples e não exige métodos mais invasivos.
No entanto, se a dor seguir afetando sua vida cotidiana, procure ajuda: em casos de incômodo crônico e incapacitante, a cirurgia para remover o esporão pode ser o único caminho.