Chamado por aí de exame de vista ou de grau, o teste de refração ocular é um método não-invasivo aos olhos que detecta quanto a pessoa consegue enxergar e estabelece o grau dos óculos, se eles forem necessários.
Para que serve
Investiga condições que provocam erros de refração no globo ocular. Isto é, no caminho que os feixes de luz atravessam no olho para formar as imagens.
Entre os problemas detectáveis estão a miopia (má visão à distância), a hipermetropia (dificuldade em enxergar de perto) e o astigmatismo (quando a vista fica desfocada). A presbiopia, que se manifesta geralmente após os 40 anos de idade e é apelidada de vista cansada, também é diagnosticada com o exame de refração.
Como é feito
Com dois equipamentos: o autorrefrator, que detecta automaticamente uma prévia próxima do grau real, e o refrator, que é posicionado na frente do rosto. O especialista pede então para a pessoa dizer quais letras enxerga na parede oposta da sala, enquanto troca manualmente as possíveis lentes corretivas e avalia o efeito de cada uma.
Em crianças e adultos jovens, o médico pode dilatar a pupila com um colírio especial minutos antes da prova para diagnósticos mais precisos.
Os resultados
Com base nos dados dos equipamentos e no relato do indivíduo sobre a lente mais confortável no teste, o oftalmologista faz o diagnóstico e dá a receita para os óculos. A prescrição é dividida em OD (olho direito), OE (olho esquerdo), grau esférico e cilíndrico e DNP, distância entre o nariz e as pupilas.
Periodicidade
Indica-se que o exame de refração seja feito pela primeira vez aos 6 meses de idade se o bebê tiver os olhos desalinhados. Caso contrário, ele pode entrar em cena a partir do primeiro aniversário e, depois disso, anualmente para se certificar de que está tudo bem. Mas essa frequência depende muito de uma conversa com o oftalmologista.
Cuidado e contraindicações
Não há restrições absolutas para a realização da prova. Mas fatores como a idade (especialmente no caso das crianças), os colírios que serão aplicados no procedimento, doenças sistêmicas e uso de medicações podem alterar os resultados e devem ser observados pelo médico. Quem usa lente de contatos precisa ficar sem elas por pelo menos três dias antes da avaliação.
Fonte: Maria Auxiliadora Frazão, oftalmologista do Conselho Brasileiro de Oftalmologia