Em informe epidemiológico divulgado no último dia 13, o Governo do Estado do Rio de Janeiro informou que, até agora, foram identificados 40 casos de febre amarela em Angra dos Reis, sendo que 14 pessoas morreram. É lá que começará a ser testada uma medida inédita contra a transmissão da doença. A residência das pessoas que não podem tomar a vacina receberá telas com inseticidas – a instalação teve início na quinta-feira, 15 de março.
Segundo material divulgado pelo governo, além de funcionarem como uma barreira física contra os mosquitos, as telas estão cheias do inseticida piretroide, que elimina os insetos quando entram em contato com o material. A orientação é que as pessoas também recorram a repelentes, principalmente ao saírem de casa.
“A medida é importante porque ajuda a proteger um público específico. Instalamos, por exemplo, a tela na casa de uma moradora com duas bebês de 4 meses. Essas crianças não podem sair da Ilha por causa do trabalho dos pais e ainda não têm idade para tomar a vacina”, exemplificou Mario Sérgio Ribeiro, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, em comunicado.
Enquanto o Ministério da Saúde fornece as telas, a prefeitura fica responsável pela instalação. Outras regiões serão contempladas de acordo com a aceitação da medida.
E para quem não mora em Angra dos Reis: vale a pena investir em uma tela para se proteger da febre amarela especificamente? Bem, pessoas em zonas de risco e que não podem se vacinar por algum motivo se beneficiariam dessa medida. Além disso, vale lembrar que essa estratégia também ajuda a afastar insetos transmissores de outras doenças, como dengue, zika e chikungunya. Só cabe reforçar que as telas disponíveis para a venda não costumam vir com inseticidas, então funcionariam como barreira física.
Mas atenção: isso não dispensa o repelente. Ele é fundamental em situações de surtos de vírus passados por mosquitos e deve ser aplicado conforme a orientação na embalagem.
Quem não deve se vacinar contra a febre amarela?
– Crianças menores de 9 meses de idade
– Pessoas com imunodeficiência grave causada por doenças ou uso de medicamentos
– Pessoas que estejam se submetendo a quimioterapia ou radioterapia
– Transplantados de órgãos sólidos
– Pessoas com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde, devem adiar a vacinação até o desaparecimento dos sintomas