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Fratura exposta: saiba o que fazer diante de um acidente

Lesão exige cuidados semelhantes aos de outros tipos de fratura, com atenção extra para evitar infecções

Por João Antonio Streb
15 jul 2024, 17h30
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  • A ideia construída ao redor do termo fratura exposta traz à mente aquela imagem de um osso quebrado atravessando a pele. Mas não é só isso: a lesão costuma ser ainda mais extensa e afetar outros tecidos moles, como os músculos, além de provocar sangramento externo.

    Por isso, esse tipo de machucado exige alguns cuidados extras em relação às fraturas “internas”, em que não há exposição ao ambiente ao redor. Além dos cuidados com o osso em si, o caso é mais delicado por envolver um risco maior de infecção.

    +Leia também: O que está por trás das fraturas 

    Quais são os primeiros socorros de uma fratura exposta

    Veja o que você pode e não pode fazer ao socorrer uma fratura exposta:

    Chame a emergência

    Você quer ajudar e tem a melhor das intenções, mas, ainda assim, quem sofreu a fratura vai precisar de socorro médico. Ligue 192 (ou 190) e solicite atendimento médico emergencial.

    Mantenha a calma

    Tanto a sua quanto da vítima. Quem se machucou deve estar sentindo dores intensas, o que pode induzir a pessoa a se mexer ou trocar de posição. Mas isso deve ser evitado!

    A menos que haja risco imediato ao permanecer no mesmo local, como no caso de um acidente que envolve um incêndio, por exemplo, manter a parte do corpo afetada tão imóvel quanto possível evita o agravamento da lesão e das dores.

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    Evite movimentos desnecessários

    Reforçando a recomendação acima – além de acentuar a dor, movimentar a área lesionada pode causar danos a longo prazo.

    O movimento pode machucar ainda mais a área, piorando os hematomas e podendo danificar nervos, vasos sanguíneos, tendões ou qualquer outro tecido que esteja próximo da fratura exposta.

    Imobilização cautelosa

    Também tentando evitar movimentos bruscos, caso seja possível, é recomendado realizar a imobilização no caso de fratura exposta. As duas articulações mais próximas da área da lesão devem ser imobilizadas, induzindo que o paciente movimente menos aquela região.

    Controle dos sangramentos

    Mesmo que nem todas fraturas expostas tenham sangramentos intensos, é importante saber como controlá-los. Se não for modificar bruscamente a posição da vítima, eleve a área da lesão acima do coração.

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    Utilizando um pano limpo (de preferência estéril), cubra a região do sangramento sem fazer pressão na região afetada.

    E o torniquete?

    Sim, você pode torniquetes utilizados para conter os casos de sangramento excessivo desde que eles não causem incômodo ao paciente e cumpram os critérios das outras etapas dos primeiros socorros. Sempre faça o aperto do torniquete acima e longe da lesão.

    Quais complicações podem surgir após uma fratura exposta?

    A maior preocupação nesses casos é proteger a parte exposta dos ossos contra sujeira, vírus e bactérias. Caso o contato ocorra, essa parte do corpo pode desenvolver uma infecção óssea, também conhecida como osteomielite. Essa doença pode causar dores intensas, demora na cicatrização e corre risco de desencadear uma amputação do membro.

    Um caso menos frequente que pode ocorrer é a chamada síndrome do compartimento. Esse quadro ocorre quando uma lesão acaba sofrendo uma pressão muito grande na musculatura daquela área. Se não for tratada de forma imediata, a síndrome compartimental pode acarretar em dano permanente ou perda de função motora.

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