Gastrite nervosa: saiba por que ela ocorre e como prevenir
Condição também chamada de dispepsia funcional é marcada por incômodos digestivos associados ao estado emocional da pessoa

Talvez você já tenha passado por isso: uma sensação de azia, queimação e perda de apetite, como se o estômago estivesse estufado. E é bem possível que tenha cravado que estava diante de um caso de gastrite. Mas atenção: pode ser uma gastrite nervosa que, embora se apresente de forma bem parecida, não envolve uma verdadeira inflamação do estômago, como na versão clássica desse incômodo.
“Gastrite nervosa” é o nome popular dado a uma condição conhecida pelos médicos como dispepsia funcional, uma alteração com forte influência emocional que leva a uma maior produção de ácidos no estômago, responsáveis pelos sintomas.
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Por que a gastrite nervosa ocorre?
O nome já dá uma pista: a gastrite nervosa costuma ter relação com o estado emocional da pessoa que sofre com esse problema, e costuma ser agravada em situações de estresse e ansiedade.
Quando surge um quadro clínico semelhante à gastrite clássica, que não é acompanhado pela inflamação de estômago típica desses casos, é comum que o paciente tenha passado por uma situação estressante ou angustiante nos momentos prévios à crise.
Quais os sintomas?
Os sintomas de uma gastrite nervosa são equivalentes aos de uma gastrite típica. Ou seja, há sensação de queimação, azia e estufamento, que podem vir acompanhadas de dores abdominais, gases e náusea.
Devido aos sintomas inespecíficos, costuma ser difícil confirmar um diagnóstico de dispepsia funcional apenas pelos sinais clínicos.
Em geral, os médicos fazem a diferenciação da gastrite nervosa após a realização de outros exames que descartam a inflamação no estômago, como a endoscopia. Se um paciente tem histórico de episódios do tipo em situações estressantes, costuma ser mais simples identificar o quadro em eventuais crises futuras.
Como tratar a gastrite nervosa?
De forma imediata, os sintomas podem ser superados ou prevenidos com adequações alimentares, priorizando uma dieta balanceada e evitando comidas gordurosas, cafeína e álcool. Também é desaconselhado o hábito de mascar chiclete, que propicia a produção dos ácidos que causam desconforto.
Em crises severas, medicamentos para os sintomas podem ser receitados.
Pensando em uma abordagem de longo prazo, a redução das crises de dispepsia funcional também passa pela manutenção de uma boa saúde mental. Se você tem histórico de sintomas de gastrite associados ao estresse, à ansiedade ou a outros momentos de alterações emocionais, é fundamental buscar orientação psicológica e/ou psiquiátrica.