HIV na gestação: cuidados garantem saúde para mãe e bebê
Tomando as devidas precauções, o risco de transmissão vertical do vírus cai a quase zero

Estima-se que, no Brasil, aproximadamente um milhão de pessoas convivam com o vírus HIV. E, entre 2000 e 2023, foram notificadas 158 mil mulheres grávidas ou parturientes infectadas, segundo o Boletim Epidemiológico Nacional.
Para elas, o acompanhamento médico e o tratamento adequado asseguram uma gestação tranquila, com índices muito mais baixos de complicações e, em especial, de transmissão vertical — a forma de contágio da mãe para o bebê.
Nas pacientes já diagnosticadas com HIV, o acompanhamento deve começar antes da gestação. O uso da terapia antirretroviral tem como objetivo a negativação da carga viral. Nesse status, o vírus não pode ser detectado em exames nem transmitido.
Para todas as gestantes, é solicitada a sorologia para HIV na primeira consulta de pré-natal, garantindo diagnóstico e tratamento precoces, fundamentais para bons resultados.
O uso dos antirretrovirais é seguro e essencial durante a gestação, sendo a manutenção da carga viral indetectável um dos principais fatores para evitar a transmissão vertical.
+Leia também: HIV: a importância do conceito “Indetectável = Intransmissível”
O tipo de parto também depende da carga viral: pacientes com carga viral indetectável podem ter parto normal, enquanto aquelas com carga viral detectável devem ser encaminhadas para cesárea.
A amamentação é contraindicada para mães com HIV no Brasil. O governo oferece leite artificial gratuito para essas pacientes. Além disso, o recém-nascido recebe terapia antirretroviral após o nascimento.
Com esses cuidados, a taxa de transmissão vertical no Brasil em 2022 foi de apenas 1,3% dos nascimentos de mães soropositivas.
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* Ana Horovitz é ginecologista e especialista em Parto Humanizado
(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)