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Jejum, contraste, piercings… Por que há tantas regras para fazer exames de imagem?

Cuidados simples garantem resultados mais precisos, evitam repetições e contribuem para diagnósticos mais seguros

Por Felipe Roth Vargas, médico radiologista, via Brazil Health*
23 jun 2025, 14h43
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Tomografia é um dos exames que pode exigir a aplicação de contraste (Freepik/Freepik)
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Receber uma lista de orientações antes de um exame de imagem é algo comum. Jejum, bexiga cheia, evitar certos alimentos, tomar ou suspender remédios, retirar brincos, piercings ou até a prótese dentária… Às vezes, pode parecer exagero.

Mas será que essas instruções são realmente importantes? A resposta é um sonoro sim — elas podem fazer toda a diferença entre um exame com bons resultados e um que precise ser repetido.

Tudo começa com um princípio simples: exames como ultrassom, tomografia e ressonância precisam de condições ideais para gerar imagens nítidas. Quando essas condições não são respeitadas, as imagens podem sair “embaçadas”, incompletas ou enganosas. É como tentar enxergar o fundo de uma piscina com a água turva.

O jejum, por exemplo, é essencial em muitos exames abdominais. Alimentos e gases no estômago e nos intestinos atrapalham a visualização de órgãos como fígado, pâncreas e vesícula. Um ultrassom de abdômen total ou uma tomografia com contraste feita sem jejum pode deixar escapar alterações sutis.

Mesmo que pareça desconfortável, o jejum ajuda a garantir uma imagem limpa e um diagnóstico mais seguro.

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Contraste e outras orientações também são fundamentais

Outra etapa que costuma gerar dúvidas é o uso de contraste. Essas substâncias ajudam a destacar estruturas internas do corpo e existem em diferentes tipos: iodado (para tomografias), gadolínio (para ressonâncias) e até microbolhas (em ultrassons mais específicos). Funcionam como “realçadores” de imagem, permitindo ver com mais nitidez vasos sanguíneos, tumores, inflamações e outras alterações.

É essencial avisar o médico se você tem alergia a algum contraste ou problemas renais. Nesses casos, o exame pode ser ajustado para evitar reações adversas — que são raras, mas precisam ser consideradas.

Outras orientações também têm motivos claros. Bexiga cheia, por exemplo, é necessária no ultrassom pélvico, pois ela empurra os intestinos, melhorando a visualização do útero, ovários ou próstata. Já laxantes e enemas são indicados em exames do intestino, como a colonoscopia virtual, porque resíduos podem esconder lesões importantes.

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Retirar objetos metálicos antes da ressonância é fundamental, já que o aparelho utiliza um campo magnético intenso.

No fundo, cada recomendação busca proteger o paciente e garantir que o exame seja eficaz. Seguir essas orientações evita desconfortos, repetições desnecessárias e diagnósticos imprecisos.

Por isso, leve a sério a lista de preparo. Tire dúvidas com a equipe de saúde, siga cada passo com atenção e entenda que esses cuidados existem para garantir o melhor para você. Afinal, um exame bem feito é o primeiro passo para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.

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*Felipe Roth Vargas é médico radiologista e membro da Brazil Health

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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