Um tipo de tumor comum e com alta taxa de sucesso no tratamento, mas que acaba se tornando um problema sério quando detectado tardiamente. Essa é a história do câncer colorretal, que afeta mais de 45 mil brasileiros todos os anos e é o terceiro que mais mata no país, segundo estima o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Foi para chamar atenção para esse problema que entidades médicas vêm difundindo a ideia do Março Azul-Marinho.
No mesmo espírito de outros meses “coloridos” para a conscientização, como o outubro rosa (câncer de mama) e o novembro azul (próstata), a ideia é destacar a importância da prevenção para os tumores colorretais.
Saiba mais sobre essa condição abaixo.
O que é o câncer colorretal
O nome se refere aos tumores que ocorrem na região do intestino grosso conhecida como cólon, juntamente com o reto. É um câncer que costuma se originar de pólipos, lesões inicialmente benignas encontradas nas paredes intestinais.
O rastreamento desse câncer começa normalmente por volta dos 45 anos, mas há cada vez mais casos em pessoas jovens. Especialistas ainda tentam entender o fenômeno, mas o aumento estaria associado a uma maior prevalência de dietas mais pobres em fibras e a um aumento da obesidade.
Embora o problema seja facilmente detectável com exames como a colonoscopia, esse teste nem sempre faz parte da rotina dos pacientes, então é importante ficar atento aos sinais: perda de peso sem razão aparente, sangramento anal e nas fezes, e alterações no funcionamento intestinal (seja diarreia ou constipação) são sinais de que algo está errado nessa parte do corpo.
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Como identificar o câncer colorretal
Além de ficar atento aos sintomas, é recomendado realizar exames periodicamente para verificar como está a saúde no interior do intestino.
O teste padrão para detectar problemas por ali é a colonoscopia, em que um tubo finíssimo e flexível com uma câmera é inserido pelo reto do paciente, que fica sedado durante todo o procedimento.
Especialistas indicam que todas as pessoas deveriam realizar o exame periodicamente a partir dos 45 anos. Depois, o intervalo até a realização de um novo exame deve ser discutido com o médico, considerando o que foi observado nessa primeira colonoscopia e a saúde geral do paciente.
Já em quem tem histórico de tumores intestinais na família, o monitoramento deve começar até antes, conforme orientação médica, geralmente aos 35 anos. O especialista dedicado a essa parte do corpo é o coloproctologista.
Qual o tratamento
Quando detectado precocemente e não ocorreu metástase, o câncer colorretal é tratável e tem altas taxas de sobrevida.
Normalmente, o tratamento começa com a remoção cirúrgica da área afetada, podendo haver recomendação de radioterapia para reduzir as chances de volta do tumor. Em alguns casos, a quimioterapia é indicada.
Também há situações em que a ordem das abordagens pode ser invertida: a aplicação de rádio e/ou quimioterapia antes da cirurgia com o objetivo de reduzir o tumor, preservando uma área maior na hora de remover o câncer.
Converse sempre com o coloproctologista e o oncologista para definir a melhor maneira de tratar o seu caso.