A mastite é uma condição que afeta a glândula mamária, provocando inflamação, dor e outros sintomas desconfortáveis. Este problema pode ocorrer tanto em mulheres que estão amamentando quanto naquelas que não estão em período puerperal.
Quando se trata de amamentação, a mastite puerperal é mais comum e muitas vezes é desencadeada por uma obstrução do ducto mamário devido a uma pega incorreta do bebê ou um esvaziamento insuficiente da mama. Isso pode levar ao acúmulo de leite nos ductos, favorecendo o desenvolvimento de uma infecção bacteriana.
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Comumente, a mastite puerperal se manifesta de maneira unilateral, ou seja, é mais frequente afetar apenas uma das mamas, geralmente entre a segunda e a terceira semana após o parto.
Por outro lado, a mastite não puerperal pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo trauma físico, infecções locais, reações a medicamentos ou condições mais graves, como câncer de mama.
Quais são os sintomas da mastite?
Os sintomas da mastite geralmente incluem dor e sensibilidade na área afetada da mama, acompanhados de vermelhidão e calor ao toque. Em casos de infecção, pode ocorrer febre, calafrios e mal-estar geral.
Também pode haver secreção anormal do mamilo, que pode ser purulenta – fluído em tons de branco, amarelo, rosa ou verde, ou sanguinolenta – fluído misturado com sangue.
Como é feito o tratamento da mastite?
O tratamento da mastite geralmente envolve o uso de antibióticos para combater a infecção bacteriana, caso esteja presente. Além disso, medidas para aliviar a dor, como analgésicos e anti-inflamatórios, podem ser recomendadas.
Compressas quentes na área afetada também podem ajudar a aliviar a dor e promover a drenagem do leite e qualquer pus acumulado.
No caso da mastite puerperal, é fundamental continuar amamentando, se possível, para garantir o esvaziamento adequado da mama e a resolução mais rápida do problema. Além disso, repouso e hidratação adequada são importantes para promover a recuperação.
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De qualquer forma, é importante estar atenta ao tratamento pois mastites não tratadas de forma adequada, ou que permanecem sem tratamento, têm o potencial de progredir para o desenvolvimento de abscessos na mama.
É importante observar que não há indícios de que a mastite aumente o risco de desenvolver câncer de mama, mas um câncer de mama inflamatório pode ter sintomas parecidos com um quadro de mastite. Por isso, é muito importante um diagnóstico médico correto para descartar a existência de um quadro mais grave.
Além disso, quanto mais avançada a condição, maior a probabilidade de requerer intervenções como aspiração por agulha guiada por ultrassom ou drenagem cirúrgica em um ambiente hospitalar.