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Moda de tomar Advil ou outros remédios antes do treino é perigosa

Além de mascarar lesões e abrir a porta a outros problemas de saúde, uso crônico do ibuprofeno pode afetar os resultados de quem busca hipertrofia

Por Maurício Brum Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 mar 2025, 15h07
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Medicamento é considerado seguro, mas deve ser usado para dores pontuais. Ele não potencializa os resultados do treino e não deve ser consumido de forma crônica (./Reprodução)
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De tempos em tempos, tendências de redes sociais apresentam uma nova promessa de mudar o sucesso da sua rotina na academia. A bola da vez é o Advil, um analgésico e anti-inflamatório que pode ser comprado sem receita médica, e que alguns influenciadores fitness têm apresentado como uma alternativa para os desconfortos da atividade física.

A ideia seria favorecer a recuperação, especialmente em esportistas iniciantes, permitindo que a pessoa não passe muitos dias aguardando a próxima sessão de treino em função das dores.

Na prática, porém, a coisa não funciona bem assim, e utilizar esse medicamento sem a devida indicação pode não apenas atentar contra seus objetivos na academia, como abrir a porta para outros problemas de saúde.

Afinal, o que é o Advil?

Advil é o nome comercial de um medicamento que tem como princípio ativo o ibuprofeno. Ele não é o único fármaco desse tipo no mercado. Em diferentes composições e apresentações (como gotas, comprimidos ou cápsulas), o ibuprofeno também aparece em remédios vendidos sob o nome comercial de Alivium, Buscofem ou Lombalgina, por exemplo.

+Leia também: Ibuprofeno: bula, para que serve e quais as indicações de uso

O ibuprofeno é classificado como um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) e é vendido sem receita nas farmácias. A ideia é que seja utilizado para incômodos menores e passageiros, como febres leves, cólicas menstruais e dores musculares.

É graças a esse uso que muitos influenciadores passaram a recomendá-lo como uma técnica para driblar as dores de quem está sentindo desconforto após o treino.

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Mas, ainda que o Advil e outros AINEs possam ser uma alternativa pontual para momentos de dor, ele não deve ser utilizado de forma crônica, nem potencializa os resultados da atividade física.

Qual o perigo de tomar ibuprofeno para treinar

O ibuprofeno é considerado seguro de modo geral, mas não está isento de riscos. O uso prolongado desse medicamento pode provocar desidratação, aumentar o risco de problemas cardiovasculares em pessoas com predisposição, gerar sobrecarga nos rins no extremo, levando à insuficiência renal e também inibir a produção de prostaglandina, substância importante para proteger a mucosa gástrica, abrindo a porta para úlceras e sangramentos gastrointestinais.

Mesmo quando não causa esses sintomas sistêmicos mais graves, o uso prolongado do ibuprofeno relacionado ao treino pode prejudicar os objetivos de quem faz exercícios de força de olho na hipertrofia.

Como esse processo está relacionado à recuperação dos músculos após um processo de inflamação (controlado) gerado pelo esforço, o anti-inflamatório pode acabar reduzindo o impacto desejado.

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+Leia também: Hipertrofia: 6 sinais de que o treino está dando resultados

O que fazer em caso de dor?

Sentir dor após uma atividade mais extenuante é comum, mas ela deve ser passageira. Caso você conviva com dores crônicas após os exercícios, pode ser sinal de que está realizando os movimentos de forma incorreta, gerando lesões, ou utilizando cargas que seu corpo ainda não suporta.

Pode ser necessário recorrer pontualmente a medicamentos como o Advil para lidar com uma crise de dor mais intensa, mas, se ela for persistente e se repetir de forma cotidiana sempre que você treina, o remédio é apenas um paliativo e não resolve o problema real.

Nesses casos, deve-se suspender temporariamente a prática dos exercícios, para não correr o risco de agravar algum machucado, e buscar orientação profissional.

Além de pedir ajuda para o instrutor ou personal sobre a melhor maneira de realizar os exercícios que estão provocando dor, também é indicado buscar um médico para realizar exames e detectar eventuais lesões.

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Caso elas estejam presentes, é preciso definir um tratamento que vá além dos analgésicos, podendo envolver fisioterapia ou até cirurgia, dependendo da origem e extensão do incômodo.

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