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Molusco contagioso: o que é, quais as causas e tratamentos

Apesar do nome, ela não tem nada a ver com esses animais

Por Maurício Brum
13 mar 2025, 14h31
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Contato direto com as pápulas (bolinhas) de uma pessoa doente pode levar à infecção (Gzzz/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons)
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“Molusco contagioso” é o nome curioso dado a uma infecção de pele causada por vírus que, apesar de produzir lesões cuja aparência pode gerar desconforto estético, costuma se resolver sozinha após alguns meses e sem causar dor.

O problema é mais comum na infância, mas pode se manifestar em qualquer idade. O nome, que tem origem na expressão latina molluscum contagiosum, pode enganar, mas vale deixar claro já de início: a doença não tem qualquer relação com moluscos, nem é transmitida por esses animais.

Entenda mais sobre a infecção.

Como surge o molusco contagioso?

Esse problema de pele é causado pelo chamado vírus do molusco contagioso, que por sua vez pertence à família dos poxvírus, grupo amplo que causa doenças marcadas por alterações cutâneas. Fazem parte da família os vírus causadores de doenças como a varíola e o mpox.

O contágio ocorre pelo contato direto com as pápulas de uma pessoa infectada, ou indiretamente pelo compartilhamento de objetos de uso pessoal.

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Quais os sintomas do molusco contagioso?

O molusco contagioso produz pequenas pápulas (bolinhas) na pele, com tamanhos variados, mas que geralmente não ultrapassam os cinco milímetros de diâmetro.

Essas lesões podem surgir em qualquer parte do corpo e não costumam causar dor. A infecção é mais comum na infância, mas pode surgir posteriormente em pessoas que não foram expostas mais cedo ao vírus.

Quando ocorre em adultos, é comum que as lesões apareçam na região da virilha, já que o vírus pode ser transmitido através do contato durante relações sexuais.

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Como tratar essa doença?

De modo geral, o molusco contagioso é uma doença que “passa sozinha” após algum tempo, mesmo sem tratamento, e não deixa cicatrizes. No entanto, o período em que as pápulas se manifestam pode variar muito: embora grande parte dos casos se resolva em até dois meses, há registros de lesões que permanecem por mais de um ano e meio.

Casos persistentes de molusco contagioso podem ser tratados com medicamentos de uso tópico ou outros fármacos específicos, conforme a situação de cada paciente. Caso seja necessário recorrer aos remédios, é fundamental buscar orientação médica para evitar agravar o problema acidentalmente.

Doença nada tem a ver com moluscos

O nome causa muita confusão, mas essa doença não é causada nem transmitida por animais do filo Mollusca, os moluscos, um conjunto amplo de invertebrados que inclui polvos, caramujos e lulas.

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Provavelmente, o nome da condição veio da aparência das lesões cutâneas, que podem lembrar aspectos do corpo mole desses animais. No ano passado, zoólogos brasileiros publicaram um artigo propondo rebatizar o “molusco contagioso”, para evitar confusões da população em geral e riscos aos próprios animais.

Eles sugeriram rebatizar a doença para wpox. Caso a ideia vá adiante, o molusco contagioso seguiria um movimento feito há pouco tempo para a condição anteriormente denominada “varíola do macaco”, que passou a ser chamada de mpox após pesquisadores reforçarem que o problema não vinha dos animais citados no nome da infecção.

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