Os Estados Unidos estão outra vez em alerta por um surto de norovírus, um tipo de vírus especialmente resistente fora do corpo e que é conhecido por provocar quadros de diarreia e outros problemas gastrointestinais. A doença ataca de forma sazonal. No Brasil, casos são mais frequentes no verão: só no início de 2023, um grande surto em Florianópolis teve quase 8 mil contágios notificados.
É comum que a doença tenha um grande número de episódios em um curto período de tempo devido à facilidade de transmissão do vírus: como ele resiste por períodos prolongados fora do corpo humano, a infecção pode ocorrer tanto de forma direta quanto indireta, como, por exemplo, ao encostar em superfícies contaminadas.
Apesar dos sintomas desagradáveis, casos de norovírus costumam passar relativamente rápido. Saiba mais sobre a doença e que cuidados tomar.
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Conheça os sintomas do norovírus
Em geral, os casos da doença são caracterizados por sintomas gastrointestinais. Os principais sintomas são diarreia e vômito, e é possível que a pessoa também tenha febre enquanto o organismo combate a doença.
O período de incubação costuma oscilar entre um e dois dias, enquanto a fase sintomática normalmente perdura por 48 horas ou menos. É incomum que um contágio por norovírus se prolongue por mais tempo do que isso. Caso os sintomas persistam, deve-se sempre buscar ajuda médica.
Que cuidados tomar caso eu pegue a doença?
Em casos de diarreia e vômito, o maior perigo é a desidratação. Priorize sempre a ingestão de fluidos. Em algumas situações, pode ser necessário repor também a perda eletrolítica, quando o organismo está carente de sais minerais. Neste caso, pode ser recomendado o uso de soro caseiro.
Por ser uma doença de evolução relativamente rápida que normalmente é combatida pelo corpo, não costumam ser indicados outros medicamentos.
Mas quadros mais graves de infecção por norovírus podem exigir internação hospitalar para aplicação de fluidos intravenosos e cuidados complementares.
Como se proteger do norovírus?
O norovírus é conhecido por ser resistente fora do corpo humano, o que favorece não apenas a transmissão direta, mas também contágios a partir de superfícies contaminadas. Lavar as mãos e evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal sem higienização prévia são medidas de prevenção fundamentais.
Além disso, o vírus pode ser contraído pela ingestão de água e alimentos contaminados. Em caso de surtos da doença, evite tomar água da torneira sem fervê-la antes, lave bem os produtos que vão ser consumidos in natura e se certifique que a comida esteja inteiramente cozida.
No verão, outra forma típica de contágio é por se banhar em águas infectadas por esgoto. Evite se refrescar em córregos ou locais próximos a cursos d’água que podem receber dejetos humanos.