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Nova leva de profissionais da saúde é mais propensa ao uso das tecnologias

Pesquisa Future Health Index, realizada pela Philips e apresentada na sétima edição do Connect Day, traça perfil dos trabalhadores com menos de 40 anos

Por Abril Branded Content
Atualizado em 15 out 2020, 16h01 - Publicado em 13 out 2020, 18h00
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  • A geração mais jovem de profissionais da saúde do Brasil sofre com algumas lacunas no que diz respeito a competências, conhecimentos e dados não clínicos. Também apresenta níveis altos de estresse, provocado, em parte, pela baixa proporção entre médicos e pacientes.

    Por outro lado, esse é um grupo mais propenso a utilizar dados digitais dos pacientes para influenciar os resultados de diagnóstico, tratamento e atendimento – os brasileiros estão acima da média.

    Entre os novos profissionais de saúde 87% acreditam que a tecnologia é fundamental para obter melhores resultados para os pacientes e, para 71%, permite que eles dediquem mais tempo aos casos em si, o que, segundo 79% dos entrevistados, reduz os níveis de estresse dos trabalhadores.

    Essas são algumas das conclusões do relatório Future Health Index, produzido anualmente pela Philips e que, na edição de 2020, dedicou-se, pela primeira vez, às percepções dos profissionais com menos de 40 anos – grupo que vai compor a maior parte da força de trabalho do setor nos próximos 20 anos.

    Apoiada em mais de 3 000 jovens profissionais de saúde em 15 países, incluindo o Brasil, a pesquisa traça um perfil dos novos profissionais e da relação deles com as grandes novidades pelas quais o segmento passa.

    O relatório foi apresentado durante a sétima edição do Connect Day, evento realizado pela Philips que reúne instituições de saúde de todo o Brasil e da América Latina, além de empresas de tecnologia. O tema central deste ano é Saúde Mais Tecnológica, Preditiva e Integrada.

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    Quadruple Aim: os quatro pilares de atuação

    Ao mencionar o estudo, durante palestra realizada no segundo dia de evento, Fabia Tetteroo-Bueno, CEO LatAm da Philips, lembrou que o setor encara uma série de mudanças. Uma delas está voltada para um novo foco: do volume de tratamento para o valor de tratamento.

    “O número de exames importa menos do que o resultado do tratamento”, declarou. “O paciente vai demandar isso, ele não quer mais pagar pelo número de consultas e exames, mas sim pelo desempenho da equipe em alcançar a melhoria em seu estado de saúde.”

    Outra transformação consiste na migração do foco em resposta para a atuação em prevenção. “Precisamos de intervenções mais planejadas e certeiras, num ecossistema mais conectado”, disse Tetteroo-Bueno. O atendimento contínuo, diferentemente do episódico, e acessível, no lugar do limitado, também são tendências fundamentais.

    Os jovens profissionais de saúde estão atentos a algumas dessas mudanças, como indicou o Future Health Index 2020: 66% dizem que a inteligência artificial lhes permitirá oferecer um serviço personalizado e fornecerá as ferramentas necessárias para manter seus pacientes com saúde. Por outro lado, 72% têm pouco ou nenhum conhecimento sobre atendimento baseado em valor, conceito relacionado ao reembolso com base no tratamento do paciente e não no volume de exames ou procedimentos executados.

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    Fabia Tetteroo-Bueno lembrou que os pilares que delineiam o trabalho da Philips são coerentes com este momento: melhores resultados de saúde, melhoria na experiência do paciente e dos profissionais de saúde e custos mais baixos. Para a América Latina, disse ela, “nossas prioridades incluem a expansão de soluções de software para agilizar a digitalização e otimização”.

    A empresa, líder global em tecnologia da saúde, busca encontrar soluções para suportar serviços de valor, além de gerar proposições conectadas para consumidores, pacientes e provedores para melhorar o engajamento de sua saúde.

    Soluções tecnológicas

    O cenário de saúde da América Latina é caracterizado pela alta incidência de doenças crônicas, que, em períodos comuns, excluindo pandemias, respondem por 80% das mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) – percentual que deverá aumentar, quando se lembra que a população acima de 60 anos do continente, que hoje é de 71 milhões de pessoas, tende a dobrar até 2035, também na previsão da OMS.

    A mudança demográfica deverá ser acompanhada pelo aumento dos casos de problemas cardíacos, câncer e doenças neurodegenerativas, como mal de Alzheimer. “A falta de prevenção e o atraso no diagnóstico levam o continente a ter uma sobrevida média ao câncer menor do que a global”, lembrou Fabia Tetteroo-Bueno.

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    “A adoção de registros médicos eletrônicos é baixa. Sem dados, você não consegue fazer previsões, utilizar inteligência artificial. O sistema ainda é fragmentado e falta transparência de dados”, avaliou durante sua apresentação. Um dos desafios para lidar com esse cenário é a dificuldade em buscar financiamento: apenas 8% do Produto Interno Bruto latino-americano é dedicado à saúde, contra 16% nos Estados Unidos e 10% na Europa.

    “A tecnologia, estando no centro, vai permitir criar ecossistemas para melhorar a experiência do paciente, que pode passar a receber atendimentos preventivos baseados em dados”, explicou a CEO LatAm da Philips. “Os consumidores estão muito mais empoderados e a tecnologia pode proporcionar os tratamentos personalizados que eles demandam.”

    A Philips, lembrou ela, atua na área de saúde há mais de 100 anos e, em 2019, investiu 1,8 bilhão de euros em inovação e desenvolvimento. “Temos um portfólio completo de equipamentos, serviços e negócios, mas queremos sair das discussões transacionais e entrar no modelo de compartilhamento de risco.”

    Atendimento integrado

    Ao apresentar o painel Nova Saúde Digital: Como Fica o Cenário da Saúde com as Novas Legislações e Tecnologias Digitais que Facilitam e Melhoram a Vida das Pessoas, Lilian Quintal Hoffmann, diretora-executiva de tecnologia e operações da BP, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, apresentou um diagnóstico semelhante.

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    “Nosso cliente mudou, valoriza seus dados e uma vida com equilíbrio e sustentabilidade”, lembrou ela. A saúde reinventada, na avaliação da BP, significa um conjunto de ações, que inclui wearables e apps, procedimentos minimamente invasivos, integração de dados e automação, novos modelos de remuneração e tecnologias, consultas e diagnósticos remotos.

    Para entregar essas inovações, diz ela, cada instituição precisa implementar processos de acordo com suas próprias demandas. “Não dá para fazer tudo. Defina o caminho, faça suas escolhas clínicas dentro daquele que é o seu negócio. Grandes transformações exigem grandes mudanças, precisamos estar atentos às questões culturais dentro das instituições.”

    O prontuário eletrônico está na base de todo o caminho de busca por inovação. “Se ele não é 100% utilizado, eu não integro os serviços, não crio o ecossistema necessário para implementar o cuidado digital. Na Beneficência Portuguesa, o processo de inovação teve início em 2014 e passou por cinco passos, com finalização em 2022, começando pelo registro digital até alcançar a etapa de disrupção digital.”

    “Não queremos cuidar de doença. Queremos cuidar de saúde, de forma integrada”, lembrou Lilian Hoffmann, para concluir: “Muito além de tecnologias, precisamos de pessoas para promover novos modelos de negócios sustentáveis a longo prazo”.

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