Nova onda de calor: entenda os riscos e saiba como se proteger
Dias quentes aumentam a chance de quadros de desidratação, insolação e golpes de calor. Sem a proteção correta, complicações podem ser graves

As notícias do clima são claras: faz calor e seguirá assim por um bom tempo, especialmente neste verão.
Após 2024 acabar como o ano mais quente da história, superando até o limiar crítico de 1,5 °C de aquecimento global estabelecido no Acordo de Paris, a metade de janeiro já tem previsão de uma onda de calor afetando partes de Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
Com o calorão sendo uma realidade inescapável, é mais importante do que nunca compreender os riscos que ele traz à saúde e conhecer maneiras de minimizar seus impactos.
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Quais são os riscos do calor?
A temperatura elevada faz com que o corpo transpire mais. De forma imediata, todas as pessoas expostas ao calor estão sob risco de desidratação, que costuma vir acompanhada de sintomas como exaustão, dor de cabeça, câimbras, tontura e até desmaios.
Pessoas com condições crônicas sensíveis às variações de temperatura, como lúpus ou dermatite atópica, também costumam sofrer mais crises nos dias de calor excessivo.
Dependendo da gravidade da exposição, o corpo pode entrar em uma situação de estresse térmico. Seja por um golpe de calor ou por insolação, o corpo não consegue mais regular sua temperatura interna, vivendo um “superaquecimento” bem acima dos 36,5 °C em que nosso organismo geralmente funciona.
Nesses casos, há risco de entrar em coma e desenvolver problemas cardiovasculares, como AVC ou infarto. O alerta começa quando a temperatura corporal supera os 40 °C e, acima dos 42 °C, as complicações em geral são fatais. Por isso, é fundamental adotar medidas preventivas quando esquenta demais.
Manual de sobrevivência ao calorão
Confira algumas medidas para minimizar seus riscos à saúde em uma onda de calor:
1. Evitar sair nas horas mais quentes: as horas de sol a pino são aquelas mais perigosas. Na maior parte do Brasil, esse período costuma ocorrer das 10h às 16h. Se não houver necessidade de ir à rua, evite permanecer em ambientes abertos e expostos ao sol nesses horários. Caso precise sair, invista em medidas de proteção.
2. Hidratação: um dos perigos dos dias quentes é a desidratação, que pode levar a um desequilíbrio eletrolítico e outros sintomas cada vez mais graves. Tenha sempre uma garrafinha de água abastecida por perto e não esqueça de ir tomando ao longo do dia.
3. Roupas leves: os perigos à saúde se tornam cada vez mais intensos quanto maior for a temperatura corporal. Não dificulte a tarefa do seu organismo em tentar se refrescar. Em dias quentes, evite roupas fechadas, muito coladas ao corpo ou escuras (que absorvem mais o calor).
4. Cuidado nas atividades físicas: aqui também vale a recomendação do horário. Evite se exercitar sob o sol e nas horas mais quentes do dia. Se você não quer tirar um dia de folga do treino, ainda assim vale optar por atividades menos extenuantes.
5. Proteções contra o sol: o filtro solar deve ser usado sempre, independentemente de estar quente ou não. Mas nos dias de muito calor também é fundamental se proteger da insolação com barreiras físicas. Chapéus, guarda-sóis e óculos escuros são passos extras nessa defesa.