Novo livro mostra as epidemias que fizeram história
Em "História das Epidemias", médico brasileiro reconta as principais pragas que a humanidade encarou — inclusive no Brasil — até chegarmos à Covid-19
O infectologista Stefan Cunha Ujvari alia em suas obras a prática e o conhecimento adquiridos no dia a dia com a paixão pela história. Desse casamento nascem livros que, em linguagem acessível, explicam como vírus, bactérias e outros patógenos assustaram e mudaram civilizações desde os primórdios.
Praticamente todo episódio que transformou de alguma forma a humanidade tem as marcas de um micróbio — da peste de Atenas, na Grécia antiga, à pandemia atual de Covid-19, passando pelos surtos durante as grandes guerras. Isso é o que percebemos lendo História das Epidemias (clique para ver e comprar), a nova incursão de Ujvari, que é médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, pelo mundo que dividimos com os germes.
Um dos diferenciais da obra é dedicar capítulos às pestes que assolaram o Brasil, inclusive movimentando a ciência por aqui com nomes como Adolfo Lutz, Vital Brazil, Oswaldo Cruz e Emílio Ribas. Depois de percorrê-los, dá pra entender por que nunca podemos baixar a guarda contra as infecções.
Muito além (e bem antes) da Covid-19
Pandemia do coronavírus recolocou as infecções, que nos perturbam há séculos, no holofote. Confira outros episódios examinados na nova obra:
A peste de Atenas
A cidade-estado grega disputava a hegemonia na região no final do século 5 a.C. quando se dobrou ante um inimigo microscópico. Só no fim do século 20 se descobriu que se tratava da febre tifoide.
O terror medieval
A peste negra, disseminada pelas pulgas dos ratos, veio da Ásia pelos mares e devastou a Europa. O continente perdeu 20 milhões de habitantes pela doença em apenas dois anos.
Morte nas Américas
As viagens para exploração e colonização a partir do século 15 trouxeram da Europa a varíola, vírus que dizimou tribos indígenas, incluindo as civilizações inca e asteca.
A gripe espanhola
Considerada a pandemia mais mortal — estimam-se ao redor de 50 milhões de vítimas —, teve início nos Estados Unidos e se espalhou por portos e nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.
Pragas brasileiras
Desde que o mosquito Aedes aegypti chegou a estas terras, passou a disseminar vírus perigosos. Primeiro foi a febre amarela. Depois a dengue. Mais recentemente, zika e chickungunya.