A catapora, ou varicela, é uma infecção causada pelo vírus varicela-zóster e marcada por bolhinhas vermelhas que coçam e se espalham pelo corpo todo.
Os sintomas, no entanto, aparecem entre o décimo e o 21º dia da infecção, que demora ainda mais 20 dias para ir embora de vez.
Altamente transmissível, o vírus se espalha pelo ar e também pelo contato com as lesões. Por isso é comum mais de um integrante da família ficar com catapora.
A catapora é uma das doenças que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação Infantil. A vacina contra ela ainda protege contra rubéola, caxumba e sarampo.
Mas ainda existem surtos do problema pelo país, especialmente durante a primavera. Na maioria das vezes, a catapora não é considerada uma enfermidade grave.
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Após o ciclo natural, o vírus tende a desaparecer — e, durante esse período, a meta é controlar os sintomas.
Em adultos, porém, ela pode se tornar mais grave, levando a complicações como encefalite (inflamação em regiões do cérebro), artrite e hepatite.
Uma vez que o organismo dá conta da infecção, fabricando anticorpos contra o vírus, a doença não volta a atacar.
É que o sistema imunológico aprende a combatê-la e, se o agente viral reaparecer, será anulado pelos tais anticorpos.
Contudo, o vírus varicela-zóster pode se reativar com o avançar da idade e provocar dolorosas feridas na pele. É o chamado herpes-zóster, mais comum em pessoas idosas ou com a imunidade comprometida – e que também conta com uma vacina.
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Sinais e sintomas
Cabe reforçar que eles tendem a aparecer entre o décimo e o 21º dia da infecção.
As principais pistas do problema são:
- Manchas e pequenas bolhas avermelhadas pela pele (em geral, espalham-se pelo corpo)
- Febre
- Indisposição
- Perda de apetite
- Dor de cabeça
Fatores de risco
A catapora é altamente transmissível, e alguns aspectos facilitam a infecção. São eles:
- Ter menos de 10 anos de idade
- Não se vacinar contra catapora
- Baixas na imunidade
- Doenças prévias que levem à imunodeficiência
O diagnóstico
Por causa das erupções avermelhadas na pele, a catapora consegue ser mais facilmente diferenciada de outros problemas de saúde.
Só o médico, porém, está apto a dar o diagnóstico – até porque há outras enfermidades com sinais parecidos na pele.
Se houver dúvidas, ele solicitará exames de sangue para rastrear anticorpos e a presença do vírus. Mas essa é uma situação incomum.
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O tratamento da catapora
O organismo se livra sozinho da catapora, assim que se esgota o ciclo de vida do vírus.
O tratamento visa abrandar os sintomas, como a coceira das bolhas na pele e a febre.
Pediatras indicam compressas de permanganato de potássio para aliviar as áreas da pele mais afetadas – o que, diga-se de passagem, só deve ser feito com autorização médica.
Casos em que a infecção é mais severa podem cobrar o uso de medicamentos antivirais e antialérgicos.
Para baixar a febre, os médicos costumam lançar mão de antitérmicos como dipirona ou paracetamol (a menos que haja intolerância a esses princípios ativos).
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Medicamentos com ácido acetilsalicílico (como aspirina e afins) são contraindicados durante a doença.
A orientação é não cutucar as ferida.
Entretanto, para garantir que não haja complicações como infecções oportunistas causadas por bactérias, vale a pena conservar unhas limpas e curtas e lavar a pele com água e sabão.
Aliás, depois que as lesões formam casquinha, o vírus deixa de ser transmitido.