Paralisia de Bell: o que é esse problema e como tratá-lo
Inflamação do nervo da face gera sintomas que às vezes são confundidos com AVC. Quadro geralmente passa sozinho, mas resolução pode levar meses sem tratamento

A paralisia de Bell, também chamada de paralisia facial periférica, ocorre quando os movimentos de parte do rosto ficam comprometidos. O quadro é assustador, já que por vezes pode ser confundido com um acidente vascular cerebral (AVC). E, embora a paralisia seja menos grave que um derrame, ainda assim demanda cuidados.
Entenda mais sobre ela.
O que é a paralisia de Bell?
O problema surge quando o nervo que controla os movimentos do rosto fica impedido de funcionar adequadamente. Em geral, o quadro nasce de uma inflamação, que pode ter causas diversas — é possível ter origem ou estar relacionado a infecções.
Existe uma relação entre episódios de herpes simples ou herpes-zóster.
Quais os sintomas da paralisia de Bell?
O sintoma mais característico é a própria fraqueza em parte do rosto, que fica com os movimentos comprometidos. Além das dificuldades sentidas pela própria pessoa, alguns sinais são perceptíveis por quem vê de fora: é comum ficar com a “boca torta” e não conseguir fechar o olho do lado acometido pelo problema.
Outros sintomas incluem:
- olhos secos por conta da dificuldade de piscar;
- liberação de saliva em excesso, podendo escorrer pelos lábios;
- dificuldade de sorrir, falar e mastigar;
- dores de cabeça, atrás do olho ou na região das orelhas.
Por outro lado, não há paralisia em outras partes do corpo além do rosto, o que é um sinal importante em uma avaliação clínica para estabelecer um diagnóstico diferencial em relação a um caso de AVC, por exemplo.
Como tratar a paralisia de Bell
A paralisia de Bell é uma condição temporária e costuma passar sozinha, mas sua resolução completa pode levar meses. O tratamento busca aliviar os sintomas e, quando possível, acelerar a reversão do quadro.
Medicamentos antivirais, anti-inflamatórios e analgésicos podem ser indicados conforme avaliação médica para cada caso. Colírios e proteções oculares costumam ser usados quando há presença de olhos secos.
Abordagens complementares, como fisioterapia, também são alternativas em casos nos quais outras técnicas não deram a resposta desejada.