A vesícula é uma pequena bolsa esverdeada que tem conexões com o fígado e o duodeno, a parte inicial do intestino delgado. Sua única função é servir de recipiente para a bile, um líquido produzido no tecido hepático que ajuda a digerir os alimentos.
Basta um desequilíbrio na fórmula da bile e ela começa a empedrar. O excesso de sais ou colesterol forma cálculos de vários tamanhos – a maioria é tão pequena que não causa problema e passa despercebida pelo tubo digestivo.
As pedras grandes, por outro lado, não entram no cano que é conectado no intestino. Elas ficam presas na vesícula e causam dor quando a bolsa se contrai para mandar a bile embora. O incômodo vem uma hora depois da refeição, quando a comida alcança o intestino.
Outros cálculos são menores e conseguem sair da vesícula. Porém, eles ficam presos no caminho. Daí causam um bloqueio que resulta em inflamação. Para piorar, bactérias migram e infeccionam o local. A dor é intensa e não tem hora para aparecer.
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Principais causas de cálculo na vesícula
O problema pode afetar qualquer pessoa.
De acordo com o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), a condição é mais comum em pessoas mais velhas, em mulheres, pessoas com histórico familiar e entre aquelas com obesidade.
O excesso de bile, um fluido produzido pelo fígado e eliminado pelo intestino, é o principal responsável pela formação de cálculo na vesícula.
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Sintomas da pedra na vesícula
Além da dor, que costuma atingir a região do abdômen, próxima ao lado direito ou na boca do estômago, os pacientes podem experimentar outros sintomas.
A lista inclui enjoo, vômito e icterícia (pele e parte branca dos olhos amarelados). Algumas pessoas podem apresentar inflamação ou infecção na vesícula e pancreatite aguda.
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E aí, o que fazer?
Incisões pequenas
A cirurgia é a maneira mais eficiente de acabar com o problema. A laparoscopia, operação minimamente invasiva, permite retirar a vesícula com apenas quatro furos na barriga.
Métodos do passado
Remédios e terapias de ondas de choque (as mesmas usadas para o cálculo renal) já foram prescritos, mas não mostraram eficácia. Por isso, foram descartados.
O pós-cirúrgico
O paciente vive bem sem a vesícula — a bile vai direto do fígado para o intestino. Só é preciso maneirar na gordura da dieta para não ter diarreias.