Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Poluição causa mais mortes por males cardiovasculares que doenças crônicas

Segundo um artigo, a imundície do ar provoca mais óbitos por infarto, AVC e afins do que diabetes ou obesidade, por exemplo. O que fazer?

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 18 jun 2019, 19h01 - Publicado em 23 Maio 2018, 19h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um artigo científico publicado recentemente na Revista Circulation, da Associação Americana do Coração, ressalta que a poluição do ar foi responsável por cerca de 3,3 milhões de mortes no mundo decorrentes de doenças cardiovasculares em 2016. O assustador é que esse dado supera o número de óbitos atribuídos a problemas crônicos, como tabagismo (2,48 milhões), obesidade (2,85 milhões) e diabetes (2,84 milhões). Apenas a hipertensão arterial mata mais gente por problemas como infarto ou AVC.

    Pois é: a poluição ambiental não só agrava problemas respiratórios, como rinite, bronquite e pneumonia. Segundo Claudio Tinoco, diretor científico da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), a contaminação atmosférica leva a uma maior agressão dos vasos sanguíneos. Isso, por sua vez, favorece a aterosclerose – uma formação de placas de gordura nas paredes internas das artérias que pode obstruir o fluxo do sangue no coração ou no cérebro, por exemplo.

    Além disso, de acordo com o médico, a exposição ao ar sujo aumenta a pressão arterial, a frequência cardíaca e a inflamação dos vasos. São alterações que, com o tempo, bagunçam a saúde cardiovascular.

    No artigo, os autores destacam que algumas pessoas devem se preocupar mais com a poluição. Fazem parte do grupo de risco: idosos, obesos, diabéticos e quem já tem problemas cardíacos.

    Dá para escapar da poluição?

    Mas como o morador de uma grande cidade pode prevenir doenças cardiorrespiratórias ocasionadas pela contaminação do ar? A verdade é que a poluição se espalha bastante, o que torna praticamente impossível fugir completamente dela.

    Continua após a publicidade

    Os autores do artigo sugerem, ao dirigir, manter as janelas do carro fechadas e deixar o ar condicionado ligado. Só tem que limpar bem o filtro de vez em quando!

    Nos dias em que o ar está cinzento, vale a pena até fechar a casa. E para quem usa forno à lenha, é importante manter o ambiente ventilado.

    Segundo a publicação, há evidências de que suplementos alimentares de vitaminas, antioxidantes e ômega-3 ajudam a proteger o coração contra disfunções desencadeadas pela poluição. Porém, eles só devem ser engolidos após uma consulta com o médico.

    Continua após a publicidade

    Claudio Tinoco ainda dá dicas envolvendo os exercícios: “Todas as pessoas precisam ser estimuladas a fazer atividades físicas, mas as sedentárias não deveriam iniciar a prática em ambientes com altos níveis de poluição”. Segundo o doutor, a movimentação regular protege o coração, porém a imundície atmosférica chega a anular esse benefício.

    “Quem faz parte do grupo de risco deve evitar se exercitar em lugares com muitos automóveis, como avenidas de grande circulação”, ensina Tinoco. Ao suar a camisa, priorize momentos fora da hora do rush.

    Agora, o cardiologista afirma que os médicos e a sociedade têm o papel social de cobrar o poder público por um controle rígido da poluição ambiental. Assim, todos respiraremos um ar mais saudável.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.