Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Quase 50% dos brasileiros não doam sangue por medo ou falta de informação

Comum no Brasil, falta de sangue nos bancos coloca a vida de muita gente em risco. Entenda como a doação funciona e o que acontece com o material coletado

Por Fabiana Schiavon
25 nov 2021, 16h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Apenas 19% dos brasileiros doam sangue regularmente. Esse é um dos dados colhidos em um levantamento feito pela farmacêutica Abbott no início deste ano.

    Os números servem de reflexão para o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado hoje, que visa mobilizar mais pessoas nessa causa. Medo do processo ou simplesmente falta de informação são os principais impeditivos para que 48% dos brasileiros não tenham o costume de visitar hemocentros.

    A pesquisa ouviu 1 052 homens e mulheres entre 16 e 54 anos de todas as regiões do Brasil.

    Sem sangue, pacientes graves em hospitais e pessoas com doenças crônicas correm risco de morte.  “Não há substituto para o sangue. Na falta de estoque adequado, pacientes oncológicos têm seu tratamento adiado e cirurgias eletivas são canceladas ou adiadas para priorizarmos o atendimento de urgência, entre outras consequências”, afirma a médica Carlei Heckert Godinho, responsável pelo Hemocentro da Santa Casa de São Paulo.

    O pior de tudo é que, segundo Carlei, é comum ver os bancos esvaziados. Se a situação já é naturalmente crítica, a pandemia piorou o cenário. De acordo com a pesquisa da Abbott, apenas 21% daqueles que doam afirmam ter mantido o hábito no período.

    + LEIA TAMBÉM: Homossexuais podem doar sangue com segurança e sem preconceito

    “Uma única doação pode ajudar a salvar várias vidas e de diferentes idades, uma vez que o sangue coletado é separado em diversos componentes [concentrado de hemácias, plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado] e pode ser fracionado quando destinado a crianças”, ensina Carlei.

    Continua após a publicidade

    Para ter ideia, uma doação é capaz de salvar até quatro vidas.

    Sem medo e sem dúvidas

    O estudo feito pela Abbott revelou que os brasileiros sabem da importância dessa atitude, mas não compreendem bem o assunto. Entre as principais preocupações, os respondentes destacaram: não saber para onde o sangue vai e a quantidade coletada. O medo e o desconforto também são os sentimentos mais expressos.

    Mas a verdade é que não tem muito segredo. O processo todo pode durar, em média, 50 minutos. Ao chegar ao hemocentro, a pessoa passa por uma entrevista e faz algumas avaliações. A ideia é checar fatores como pressão arterial, batimentos cardíacos, peso, temperatura corporal e até mesmo a quantidade de hemácias no volume total de sangue, determinando ou não uma anemia. Para isso, basta um furinho no dedo e uma gota do líquido. Em caso positivo, o indivíduo não está apto a doar.

    Agora, uma vez aprovado, o voluntário parte para a cadeira de doação. Ali, recebe uma picadinha da agulha e bastam 15 minutos para que sejam coletados, no máximo, 450 ml de sangue (dos 5 litros, em média, que uma pessoa adulta possui). É recomendado se alimentar bem depois do processo – alguns centros oferecem um lanche.

    Continua após a publicidade

    + LEIA TAMBÉM: Na rota da doação de sangue

    O material passa por testes para classificar o tipo sanguíneo e verificar se há doenças transmissíveis.  As bolsas ficam adequadamente armazenadas nos bancos e vão sendo distribuídas por toda a rede de saúde de um município, conforme a necessidade de cada ponto.

    Em São Paulo, por exemplo, a Fundação Pró-Sangue, ligada à Secretaria de Estado Saúde e ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é o principal centro de referência em medicina transfusional. Mensalmente, são coletadas e processadas cerca de 12 mil bolsas de sangue para o abastecimento de, em média, 100 unidades da rede estadual de saúde.

    Primeiros passos para doar

    O site do programa Um Só Sangue ajuda nesse processo. Ele é mantido pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) e promove campanhas periódicas, indica endereços para doação em todo o Brasil e ainda manda alertas de falta de sangue em determinados locais.

    Uma outra fonte de informação está disponível no site do Ministério da Saúde.

    Continua após a publicidade

    + LEIA TAMBÉM: Só doação regular de sangue mantém estoques, segundo Ministério da Saúde

    Requisitos para doar sangue*:

    Intervalo entre doações:

    *Informações do Hemocentro da Santa Casa de São Paulo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.