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Radar da saúde: um mapeamento inédito da menopausa no país

Levantamento com 1,5 mil mulheres revela sintomas mais prevalentes e lacunas no tratamento. Veja este e outros destaques na mira de VEJA SAÚDE

Por Diogo Sponchiato
20 Maio 2024, 08h53
Média de idade em que as brasileiras entram na menopausa é 48 anos (Ilustração: Ilustração: Liniker Eduardo/Veja Saúde)
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Ao menos sete em cada dez brasileiras de 45 a 65 anos que entraram no climatério — a fase que precede e sucede o fim da menstruação — convivem com manifestações das mudanças hormonais, como ondas de calor e insônia.

É o que aponta um estudo feito por um consórcio de médicos de três universidades nacionais e uma italiana com uma amostra representativa da população. O trabalho identificou que as mulheres ingressam na menopausa, em média, aos 48 anos.

Mas a descoberta que mais chamou a atenção, além da alta prevalência de sintomas, foi o número de cidadãs que passam por algum tratamento: só metade procurou ajuda médica para controlar os incômodos e apenas 22% se submetem a terapias de reposição hormonal.

Os achados sublinham a necessidade de ampliar a conscientização e a assistência diante de um momento da vida que pode impactar a produtividade e o bem-estar de milhões de brasileiras.

cromossomos-telomeros
(Ilustração: Ilustração: Liniker Eduardo/Veja Saúde)

Passado: 40 anos de uma das chaves da longevidade

Em 1984, a australiana radicada nos EUA Elizabeth Blackburn encontrou as primeiras pistas da existência da telomerase, uma enzima que, ao degradar os pezinhos dos cromossomos (os pacotes de DNA), interfere no envelhecimento de cada célula. Hoje se sabe que maus hábitos como fumar aceleram esse processo. A cientista ganhou um Nobel em 2009.

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(Ilustração: Ilustração: Liniker Eduardo/Veja Saúde)
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Futuro: promessa contra epilepsia em uma vespa

Uma substância produzida pelo marimbondo-estrela, espécie que voa por regiões como o Cerrado brasileiro, tem potencial de blindar o cérebro contra crises convulsivas. É o que mostraram testes iniciais com camundongos realizados no campus da USP de Ribeirão Preto. Sim, as ferroadas podem esconder poderes terapêuticos.

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(Ilustração: Ilustração: Liniker Eduardo/Veja Saúde)

Um lugar: suplementos tirados do mercado no Japão

Ao menos cinco pessoas morreram e mais de 100 foram hospitalizadas após a ingestão de um produto com apelo natural no arquipélago nipônico. O suplemento, voltado principalmente para controle do colesterol, sofreu um recall e as autoridades locais continuam investigando os motivos dos danos causados aos pacientes.

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(Ilustração: Ilustração: Liniker Eduardo/Veja Saúde)

Um dado: 2,9 milhões de casos de câncer de próstata em 2040

A projeção, calculada por uma comissão do reputado periódico científico The Lancet, indica que o número de episódios da doença no mundo irá dobrar entre 2020 e 2040. O processo será acompanhado de um aumento nas mortes anuais pelo problema, que poderão chegar a 700 mil em 16 anos. Reflexo do envelhecimento populacional.

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(Ilustração: Ilustração: Liniker Eduardo/Veja Saúde)

Uma frase: David Von Drehle

“Ao conhecer um homem de 102 anos, ninguém espera estar dando início a uma longa e rica amizade. Tabelas estatísticas não têm espaço para sentimentos ou desejos, e o que elas dizem é o seguinte: em um grupo de 100 mil homens, menos de 1% chega aos 102 anos. Entre esses destemidos sobreviventes, o indivíduo médio tem menos de dois anos restantes. No entanto, havia algo nele que me levou a pensar que suas probabilidades não seriam encontradas em gráficos e planilhas. Embora Charlie tivesse tido mais que o suficiente em matéria de tristeza e trabalho duro, não se ressentia das afrontas da vida (…) Também não deixava de usufruir as gentilezas fugazes e os lampejos de beleza em sua vivência.”

David Von Drehle, jornalista americano, no livro O Que Aprendi sobre a Felicidade com Meu Vizinho de 102 Anos (Vestígio)

O que aprendi sobre a felicidade com meu vizinho de 102 anos

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