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Remédios falsificados: como fugir das fraudes

Organização Mundial da Saúde conclui que 10% dos medicamentos vendidos nos países em desenvolvimento são falsos. Mas há como escapar desse baita perigo

Por Giovana Feix
Atualizado em 11 jan 2018, 14h59 - Publicado em 10 jan 2018, 15h42
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  • Remédios falsificados ou contrabandeados são um assunto sério. Sem os devidos processos que garantem segurança e efetividade, eles podem ameaçar a vida de pessoas que vão às farmácias justamente para se recuperar de uma doença. Daí porque chama a atenção um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado no final de 2017.

    Segundo a instituição, de todos os medicamentos consumidos em países em desenvolvimento, cerca de 10% são falsos. É muita coisa!

    Pedro Ivo Sebba Ramalho, diretor adjunto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ressalta que esse tipo de produto é considerado cada vez mais raro no mercado brasileiro. “Não é possível garantir que os casos reais estejam diminuindo, mas notamos uma queda nos números de lotes recolhidos”, enfatiza. “Em 2017, por exemplo, foram registrados seis episódios”.

    Apesar disso, os números encontrados pela OMS seguem alarmantes. E reforçam a necessidade de termos atenção na hora de adquirir um medicamento – até para reportar eventuais irregularidades à Anvisa.

    Ao que ficar de olho na hora da compra

    Aqui vão alguns pontos destacados por Ramalho, da Anvisa, e por Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da rede de farmácias Extrafarma:

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    Poréns sobre a pesquisa da OMS

    A Anvisa traçou ponderações sobre o levantamento da Organização Mundial da Saúde. Segundo Ramalho, aqueles 10% de remédios falsificados vêm de uma média de 88 países – mas o fato é que houveram diferenças grandes nos números entre uma nação e outra. Ou seja, regiões com altas taxas de fraude teriam abalado a reputação de outras menos problemáticas.

    Além disso, ele traz à tona o fato de a Anvisa estar atualmente preparando uma tecnologia nova para 2018 que substitui, de certa forma, as tais raspadinhas. É um sistema de rastreabilidade para os medicamentos que não chegou nem mesmo nos Estados Unidos e que só está presente atualmente na Argentina e na Turquia.

    “Ele permite a transmissão de dados entre todos os agentes formais da cadeia farmacêutica”, explica Ramalho. “Futuramente, é possível que a gente disponibilize as informações para que alguém possa desenvolver um aplicativo ao consumidor. Mas, inicialmente, é só para a fiscalização da Anvisa”.

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