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Risco de endocardite é maior entre a população idosa. Entenda o problema

Aumento da expectativa de vida é acompanhado de procedimentos que favorecem o aparecimento da doença

Por Clarice Sena
2 fev 2025, 10h30
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Problema geralmente tem origem infecciosa (wayhomestudio/Freepik)
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Nos últimos 12 anos, o número de idosos no Brasil cresceu 57,4%, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa população é a que mais utiliza dispositivos como marcapassos, desfibriladores, cateteres de longa permanência e próteses cardíacas, ferramentas que aumentam o risco de desenvolver uma endocardite, uma doença que atinge um dos revestimentos internos do coração, o endocárdio.

Para contextualizar, vale saber como funciona o órgão: as cavidades e válvulas são protegidas por três camadas – pericárdio, miocárdio e endocárdio.

Enquanto o pericárdio é fibroso e reveste a superfície externa, o miocárdio é a faixa mais resistente e se concentra no meio das paredes. O endocárdio, por sua vez, é a mais frágil do trio, responsável por envolver as válvulas cardíacas.

A endocardite consiste em uma inflamação nesta membrana, podendo ser infecciosa e aguda ou não infecciosa e subaguda. A forma aguda da doença evolui de forma rápida e necessita de cirurgia de emergência, enquanto a subaguda apresenta sintomas graduais que podem até se confundir com outras enfermidades.

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+ Leia também: Miocardite: o que é, como identificar e qual é o tratamento

Causas da endocardite

A relação da endocardite com os dispositivos mencionados anteriormente se dá principalmente nos casos de endocardite infecciosa, pois eles facilitam a entrada de bactérias ou fungos na corrente sanguínea. Quando os micro-organismos não são combatidos pelo sistema imunológico, podem atingir os revestimentos do coração.

A endocardite infecciosa também pode se desenvolver em pacientes que realizam cirurgias simples como procedimentos dentários ou retirada de amídalas. Usuários de drogas ilícitas injetáveis também estão mais propensos a contrair o problema.

Já a endocardite não infecciosa, também chamada de endocardite trombótica não bacteriana (ETNB), é bastante rara e geralmente depende de cardiopatias pré-existentes. Isto porque essas doenças podem gerar lesões nas válvulas do coração, que favorecem a formação de trombos, que são pequenos coágulos. Estes trombos, por sua vez, podem ser carregados pela corrente sanguínea e obstruir outros órgãos à distância.

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Esse tipo de inflamação se manifesta com mais frequência nos pacientes com doenças reumáticas, cardiopatias congênitas, diabetes, anemia e doenças renais crônicas.

Quais os sintomas da endocardite?

Os sintomas da endocardite são similares aos de outras infecções, causando febre alta, suores noturnos e calafrios. O aparecimento de nódulos nas pontas dos dedos das mãos e dos pés é um dos indicativos mais famosos da doença, junto com o sopro no coração, manchas vermelhas ou roxas na pele e dores no peito.

Além disso, inchaço nos membros e na região do baço, dor nos músculos e articulações e hemorragias nos olhos também são sinais de endocardite.

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Diagnóstico e tratamento da endocardite

O diagnóstico da endocardite deve ser realizado a partir da avaliação do histórico clínico do paciente por um cardiologista e da realização de alguns exames: hemoculturas, ecocardiogramas e tomografias.

Nos casos infecciosos, que são a maioria, o tratamento é realizado com antibióticos fortes, cuja aplicação pode implicar necessariamente em internação hospitalar. Quando a medicação não dá conta do recado, o paciente apresenta insuficiência cardíaca ou outras complicações, uma intervenção cirúrgica é indicada com a finalidade de remover os tecidos infectados e restaurar a atividade plena das válvulas.

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