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Sangramento de escape é comum, mas sempre deve ser investigado

Fluxo de sangue em quantidade ou período irregular pode ser sinal de problemas uterinos. Entenda as possíveis causas

Por Clarice Sena
19 mar 2025, 18h00
a cor da menstruação
Algumas alterações na menstruação merecem ser discutidas com o médico. (Ilustração: Veridiana Scarpelli/SAÚDE é Vital)
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O sangramento de escape ou sangramento intermenstrual é um dos problemas mais comuns entre as pessoas com útero. O quadro afeta cerca de um terço dessa população e faz parte de um fenômeno conhecido como sangramento uterino anormal (SUA).

O problema é definido por anormalidades na quantidade, duração e frequência de sangramentos na ausência de gravidez. Os episódios de sangramento são classificados em três tipos: o SUA crônico, que persiste por mais de 6 meses, o SUA agudo, um episódio de sangramento intenso que requer intervenção imediata, e os sangramentos intermenstruais, relacionados com o ciclo menstrual.

No caso agudo, a prioridade é estancar o sangramento. Pessoas com anemia, instabilidade hemodinâmica e outras doenças hematológicas devem procurar um serviço de urgência imediatamente. Já em não agudos, deve-se buscar as causas do problema em profundidade.

Qualquer tipo de sangramento vaginal deve ser investigado para averiguar se a fonte realmente é uterina ou se outra região do trato genital está lesionada. Outra questão importante é descartar uma possível gravidez, já que abortos espontâneos, de gestações não diagnosticadas, estão entre as causas mais prováveis.

+Leia também: Cor e fluxo diferentes na menstruação podem indicar doenças?

O que pode causar sangramentos anormais?

As causas de sangramentos uterinos são classificadas sob o acrônimo PALM-COEIN. A primeira parte se refere a doenças estruturais que podem ser identificadas com exames de imagem e de sangue: pólipos uterinos, adenomiose, leiomioma, malignidade e hiperplasia.

Já as causas não estruturais se referem a problemas de coagulação, disfunções ovulatórias e distúrbios no endométrio.

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Os padrões de sangramento anormal, por sua vez, são divididos em três categorias:

  • Sangramento uterino aumentado: pacientes têm ciclos menstruais regulares e o sangramento geralmente se deve a problemas no endométrio, miomatose, adenomiose, colocação de DIU de cobre ou coagulopatias;
  • Sangramento irregular: pacientes possuem ciclos menstruais irregulares e o volume dos sangramentos é variável. Na adolescência, a principal causa são as menstruações secundárias. Já na idade adulta, as causas estão relacionadas à síndrome dos ovários policísticos, período de climatério, hipotireoidismo e hiperprolactinemia;
  • Sangramento intermenstrual: não tem relação com o ciclo menstrual e pode ocorrer a qualquer momento, a quantidade de sangue também é variável. Embora possa acontecer após atos sexuais, as causas geralmente se relacionam a doenças no colo do útero e no endométrio.

Outras causas para sangramentos vaginais

Descartada a gravidez, outras questões devem ser averiguadas para investigar o problema, de acordo com a faixa etária.

No caso de crianças, especialmente as que não tiveram a primeira menstruação, há a possibilidade do sangramento ser fruto de um trauma decorrente de violência sexual. Outras possibilidades são infecções genitais, puberdade precoce e o desenvolvimento de um corpo estranho como um tumor, embora este seja mais raro.

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Na menacme, início da vida fértil, os primeiros três anos de ciclos menstruais tendem a ser irregulares até que a primeira ovulação aconteça. O uso de DIUs e de qualquer medicamento hormonal também pode ocasionar sangramentos irregulares, o que inclui pessoas transmasculinas.

Sangramentos para pessoas em hormonização podem estar relacionados a desregulações nos níveis de testosterona. Já para indivíduos que não iniciaram o processo de hormonização, exames de ultrassonografia pélvica devem ser realizados para iniciar a investigação do quadro.

Tratamentos para sangramentos anormais

Embora os sangramentos uterinos anormais sejam sintomas e não um diagnóstico, a gravidade e frequência do fluxo devem ser considerados para um tratamento que possa sanar a condição.

Quando trata-se de um caso por razões estruturais, o atendimento requer atenção especializada e, a depender da gravidade, pode demandar tratamento cirúrgico.

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Em outras condições, medicamentos como o ácido tranexâmico, anti-inflamatórios não-esteroidais e tratamentos hormonais podem ser adotados.

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