Sarampo: novos casos são detectados no Rio de Janeiro e Distrito Federal
Todos os pacientes já se recuperaram. Não há registro de surto em andamento, mas autoridades reforçam a importância da vacinação

O Rio de Janeiro e o Distrito Federal registraram novos casos de sarampo em março, reacendendo alertas sobre a importância da vacinação para prevenir a doença, que é altamente contagiosa.
Todos os pacientes já se recuperaram, e até o momento não há identificação de surto em nenhuma das duas situações. No entanto, a existência de surtos recentes com mortes em países como os Estados Unidos aumenta a necessidade de atenção para evitar que o problema se repita por aqui.
No ano passado, após ter registrado mortes pela doença entre 2018 e 2022, o Brasil voltou a ser certificado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) como uma nação livre do sarampo.
Como foram os casos identificados
Os contágios registrados no Rio de Janeiro se referem a duas crianças de uma mesma família. Em 2 de março, elas foram atendidas em uma unidade de pronto atendimento de São João de Meriti, na região metropolitana do Rio, onde foi confirmada a doença. Internadas para observação, elas se recuperaram e receberam alta no dia 13.
Mais cedo, em fevereiro, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro havia confirmado outro caso de sarampo na cidade de Itaboraí, referente a uma notificação mais antiga, de outubro de 2024.
Segundo as autoridades, não há qualquer relação entre os casos de Itaboraí e São João de Meriti, considerados isolados e esporádicos. Não há informações sobre a origem dos contágios.
Já no Distrito Federal, o caso foi confirmado em 17 de março e se refere a uma mulher com idade entre 30 e 39 anos. A paciente, que já se recuperou, seria um caso importado da doença.
De acordo com as autoridades sanitárias do DF, o contágio provavelmente ocorreu em viagens internacionais. Pessoas que tiveram contato com ela desde então seguem sendo monitoradas. Foi o primeiro caso de sarampo em Brasília desde 2021.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, que pode ser prevenida com vacina, mas, sem tratamento, pode provocar complicações fatais.
Graças à imunização, casos da doença têm sido esporádicos em muitos países do mundo, mas lugares como os EUA e parte da Europa, onde contágios eram mais raros, vêm enfrentado surtos mais frequentes devido à ascensão de movimentos antivacina.
O sarampo ocorre com mais frequência em crianças de até 5 anos, especialmente as que não completaram o esquema vacinal.
Os sintomas mais característicos da doença incluem manchas vermelhas pelo corpo e febre alta, mas é comum apresentar outros sinais como tosse, coriza, diarreia e conjuntivite. A transmissão se dá pelo contato próximo com pessoas infectadas, através de gotículas e secreções eliminadas ao tossir, espirrar ou falar.
Não existe tratamento específico, e a abordagem costuma envolver o alívio dos sintomas. A maioria dos pacientes se recupera em até duas semanas, mas pessoas que não foram vacinadas têm uma chance mais alta de desenvolver complicações fatais, que costumam levar a quadros de pneumonia e inflamação no cérebro.
+Leia também: O que é o sarampo?
Vacina é chave para a prevenção
A única forma eficaz de prevenir o sarampo é através da vacinação, que é indicada para todas as idades, mas deve ser feita preferencialmente no início da vida.
Segundo o calendário de vacinação do Ministério da Saúde (confira aqui), o indicado é que a imunização contra o sarampo ocorra em uma primeira dose aos 12 meses de vida, com a vacina tríplice viral (que também protege contra caxumba e rubéola) e outra aos 15 meses, com a tetra viral (para as três doenças da tríplice, mais a catapora).