Apresentada no congresso de 2017 da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), uma pesquisa trouxe informações positivas sobre o coração dos paulistas. Ela foi feita com comparações de dados oficiais de mortalidade por doenças cardiovasculares entre 2003/2005 e 2013/2015.
Em dez anos, o número total de mortes por causa de paradas cardíacas e afins — até os derrames foram incluídos — caiu de 445,51 a cada 100 mil habitantes para 406,86. A redução de 8,68% foi sentida com mais força na população masculina (baixa de 9,45%) do que na feminina (7,81%).
As disfunções cerebrovasculares, que abrangem o AVC, foram as campeãs na dimnuição: o número de mortes passou de 127,38 por 100 mil habitantes para 107,17, o que representa 16,3% a menos. Em segundo lugar vem a insuficiência cardíaca, com um encolhimento de 11,69%, e, na sequência, as doenças isquêmicas, como o infarto e a angina, com 8,52%.
Os achados são importantes, já que, em São Paulo, a população de até 29 anos foi de 53,1% para 44,7%. Ou seja, a porcentagem de gente acima dos 30 anos está crescendo — logo, derrubar a incidência de problemas cardiovasculares nessa turma previne cada vez mais óbitos.
“No entanto, esse resultado seria mais relevante se fossem adotadas medidas abrangentes e eficazes de conscientização da sociedade sobre prevenção”, opina o cardiologista Ibraim Masciarelli Pinto, presidente da Socesp. “Devemos combater fatores de risco, como obesidade, tabagismo, consumo inadequado de bebidas alcoólicas, vida sedentária, hábitos alimentares equivocados, hipertensão e diabetes”, enumera.
O avanço, como explica especialista, é bom – mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Que essa pesquisa ajude a políticas pública de saúde e uma maior conscientização de todos.