Enxergar um sentido para a vida pode fazer a diferença para a memória, o raciocínio e o bem-estar mental, aponta pesquisa publicada na revista médica Alzheimer’s Research &Therapy.
Ao avaliarem um grupo de pessoas na meia-idade, os cientistas desvendaram que aquelas com maior senso de propósito apresentam maior resiliência cognitiva, isto é, o cérebro delas está apto a lidar melhor com fatores estressores e patológicos durante o envelhecimento.
“O trabalho mostra que esse pode ser um mecanismo neuroprotetor, capaz de melhorar a cognição na velhice”, comenta o médico Rubens de Fraga Júnior, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
“Encontrar um propósito muitas vezes é um processo de autodescoberta que vale a pena”, completa.
Isolamento e depressão podem aparecer entre idosos que não veem sentido na vida. E isso traz dificuldades e repercussões diretas a um envelhecimento saudável.
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Missões de vida
Alguns conselhos para construir um propósito no cotidiano
Exerça uma prática diária
Ter uma rotina que inclui tarefas estabelecidas ajuda a fortalecer o significado da vida. E é importante nessa fase incluir atividades físicas e mentais todo dia.
Cultive amizades e amores
O envolvimento social, principalmente com família e amigos, é essencial. Conecte-se também com pessoas que compartilham interesses similares.
Sinta-se necessário
Ter a percepção de que algo ou alguém precisa de você dá sentido de utilidade. Entender seu valor para as pessoas próximas e até adotar um pet são caminhos para nutrir isso.
Busque o novo
Aposentar-se do trabalho não é sinônimo de aposentar o cérebro: ao aprender e nos engajar sempre, conservamos um propósito e botamos os neurônios em ação.