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Vacina da gripe 2025: o que muda, quem deve tomar e onde encontrar

O Ministério da Saúde prevê a imunização de cerca de 50 milhões de pessoas

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 mar 2025, 16h00
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Vacinação contra a gripe previne agravamento e morte pela doença (Foto: Walterson Rosa/MS)
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A campanha nacional de vacinação contra a gripe começa no dia 7 de abril. Ao todo, o Ministério da Saúde receberá 67 milhões de doses produzidas pelo Instituto Butantan.

A partir desse ano, o imunizante passa a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos de idade. Isso significa que a dose estará disponível durante o ano todo para essa população nos postos de saúde.

O público-alvo da campanha, de cerca de 50 milhões de pessoas, ainda inclui:

• Profissionais de saúde;
• Mulheres que tiveram filho recentemente (puérperas);
• Professores dos ensinos básico e superior;
• Povos indígenas;
• Pessoas em situação de rua;
• Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
• Profissionais das Forças Armadas;
• Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
• Pessoas com deficiência permanente;
• Caminhoneiros;
• Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
• Trabalhadores portuários
• Funcionários do sistema de privação de liberdade;
• População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

+ Leia também: Nariz entupido? Saiba o que fazer para se livrar da congestão nasal

Por que é preciso tomar a vacina da gripe todos os anos?

O vírus influenza, causador da gripe, apresenta uma rápida velocidade de mutação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora sua circulação a partir dos dados enviados regularmente por centros de pesquisa de diversos países, para verificar as mutações mais presentes entre as amostras.

Com base nessas informações, a OMS publica duas vezes ao ano recomendações das cepas mais relevantes que devem ser incluídas nas vacinas. A divulgação acontece em fevereiro para o hemisfério Norte e em setembro para a parte Sul do globo.

Os imunizantes podem conter três ou quatro cepas de influenza, por isso os termos trivalente e quadrivalente. As versões adotadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contam com três tipos do vírus, enquanto as doses da rede privada podem conter quatro.

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Vale destacar que as duas formas são seguras e eficazes na prevenção de casos graves e mortes pela doença. Além disso, a dose leva 15 dias para fazer efeito.

Na campanha de 2025, estão presentes as cepas do vírus influenza A/Victoria (H1N1), A/Croácia (H3N2) e B/Áustria (linhagem Victoria), que são as mais incidentes no hemisfério Sul.

Nesse contexto, se faz necessário tomar a vacina todos os anos, de modo a garantir a proteção contra a gripe, como reforça pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

“Estamos lidando com várias cepas do vírus influenza, que circulam e sofrem mutações com grande frequência. Por isso, uma pessoa pode ter gripe a vida inteira. Para o nosso sistema imunológico, é como se cada mutante fosse um agente novo”, explica Levi.

+ Leia também: Como fazer lavagem nasal do jeito certo?

Campanha na região Norte

Diferentemente das demais regiões, o Norte do Brasil tem uma circulação mais expressiva do vírus no segundo semestre, entre setembro e novembro. Por isso, o Ministério da Saúde antecipa a vacinação no Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

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Por lá, a campanha teve início em setembro de 2024 e encerramento em janeiro. No entanto, a pasta recomenda que as doses que estiverem em estoque sejam utilizadas até julho.

Entre agosto e setembro, o Instituto Butantan enviará uma nova remessa com 5,9 milhões de imunizantes que serão encaminhados aos estados da região.

A vacina da gripe pode deixar as pessoas doentes?

Esse é um dos grandes mitos que envolvem o imunizante contra influenza.

A fórmula é composta por vírus inativados, que não são capazes de provocar doença. Em geral, sintomas leves como dor de garganta, coriza e febre baixa são decorrentes de quadros de resfriados ou de gripe contraídos anteriormente.

São comuns reações leves como dor, vermelhidão e endurecimento do local onde a vacina foi aplicada. Os sinais tendem a desaparecer em até 48 horas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM). Cerca de 10% dos vacinados podem apresentar febre, mal-estar e dor muscular, geralmente entre 6 e 12 horas após a picada, podendo durar por até dois dias.

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Um estudo realizado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, aponta que a vacinação contra a gripe no Brasil reduz em 35% o risco de hospitalização entre grupos de maior risco. Para pessoas com comorbidades, a queda foi de 58,7%.

Já para crianças pequenas e idosos as baixas foram de 39% e 31,2% respectivamente.

+ Leia também: Sarampo: mortes nos EUA reforçam importância da vacina

Outros cuidados contra a doença

Medidas simples ajudam a manter a gripe longe e ainda afastam outras doenças respiratórias. São elas:

Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel

• Usar lenços descartáveis para higiene do nariz

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• Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar

• Evitar tocar a região de olhos, boca e nariz com frequência

• Evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal

• Manter ambientes bem ventilados

• Evitar contato com pessoas com sintomas

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• Usar máscara em ambientes de aglomeração

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