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Vitamina K2: saiba para que serve e conheça os alimentos ricos no nutriente

Nutriente é essencial para coagulação do sangue e é administrado em todos os recém-nascidos para prevenir hemorragias nos primeiros meses de vida

Por Larissa Beani
21 jan 2025, 12h00
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Laticínios, ovos e fígado bovino são alguns dos alimentos ricos em vitamina K2 (Mike Houser/Unsplash)
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Em 1943, o bioquímico dinamarquês Henrik Dam e o americano Edward Doisy foram agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta de um nutriente muito importante para a coagulação do sangue: a vitamina K.

Esse composto é encontrado na natureza sob várias formas, como as filoquinonas (mais conhecidas como vitamina K1) e as menaquinonas (ou vitamina K2). Enquanto a primeira vem de vegetais, a segunda está concentrada em alguns alimentos de origem animal. Há ainda a vitamina K3, que só é produzida sinteticamente.

Na sopa de letrinhas das vitaminas, a K2 têm ganhado maior destaque na literatura médica e nos consultórios, porque, além de ajudar a regular a coagulação e prevenir hemorragias, ela também teria um papel importante na saúde dos nossos ossos.

A seguir, entenda a real função da vitamina K2 para a saúde e como podemos obter esse nutriente na nossa dieta.

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Para que serve?

As vitaminas K ajudam a regular a coagulação sanguínea, garantindo que o sangue não fique nem muito fino nem muito grosso e que seja capaz de formar coágulos para estancar sangramentos.

Além disso, pesquisas recentes têm relacionado a vitamina K2 à produção de proteínas que atuam na formação óssea, auxiliando o metabolismo do cálcio e até prevenindo a calcificação de artérias.

No entanto, mais estudos são necessários para determinar o real papel desse nutriente na manutenção dos ossos e na redução de risco de fraturas, osteoporose e doença arterial coronariana.

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“Muito se fala sobre a vitamina K2 ser capaz de inibir a calcificação das artérias e realocar o cálcio delas para os ossos, mas as pesquisas sobre isso são inconclusivas. Por isso, a principal função dela continua sendo a coagulação do sangue”, afirma Leonardo Bandeira, endocrinologista e membro do Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

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Alimentos ricos em vitamina K2

Enquanto a vitamina K1 é encontrada principalmente em folhas verdes escuras, soja e óleos vegetais, a vitamina K2 está presente em alimentos de origem animal

Laticínios — especialmente queijos mais duros e fermentados —, ovos e fígado são as principais fontes”, lista Bandeira. “No geral, a necessidade de vitamina K2 é suprida pela dieta e são raros os casos de deficiência ou superdose desse nutriente.”

Além disso, a vitamina K2 também é produzida dentro do nosso corpo, por bactérias que formam a flora intestinal.

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Deficiência de vitamina K2

“Como as vitaminas K são formadas por um conjunto muito diverso de nutrientes (só a K2 tem 10 formas diferentes, por exemplo), é muito difícil dosar a quantidade dela no sangue”, explica o endocrinologista.

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Pela dificuldade metodológica para quantificar a vitamina, não há valores de referência que estabeleçam uma dose mínima ou máxima dela. Sua deficiência é diagnosticada de forma clínica, quando o indivíduo apresenta sangramentos espontâneos e, excluídas outras causas, responde à suplementação de vitamina K.

Em geral, as hemorragias ocorrem no sistema digestivo e podem ser acompanhadas por fezes escuras e vômitos. A deficiência também pode ocasionar sangramentos nasais, genitourinários e gengivais.

“É um quadro bem raro, que pode ser causado pela baixa ingesta de alimentos ricos na vitamina ou por condições do trato gastrointestinal que prejudicam a absorção de nutrientes”, afirma Bandeira.

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Suplementação

A suplementação é feita por via oral ou intramuscular.

Por padrão, todo recém-nascido recebe uma injeção intramuscular de vitamina K nas primeiras seis horas após o parto.

Esta é uma prática que começou a ser indicada por sociedades de pediatria nos anos 1960 e segue beneficiando a população até hoje, pois diminui drasticamente o risco de hemorragia nos primeiros meses de vida, principalmente em prematuros.

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Nessa fase, a flora intestinal ainda está se formando e não é capaz de produzir sozinha a quantidade adequada de vitamina — cujas reservas vão aumentando conforme começamos a ingerir novos alimentos e a ter uma dieta diversificada.

A suplementação de vitamina K2 também pode ser indicada para pessoas que tem baixa ingesta da vitamina ou problemas absortivos. Entre elas estão adeptos de dietas veganas (por não comerem alimentos de origem animal) e pessoas que passaram por cirurgia bariátrica ou possuem doenças gastrointestinais que diminuem a absorção de diversos nutrientes.

“A suplementação é recomendada em casos em que o médico julga que possa haver deficiência. Em geral, ela é feita de forma oral”, esclarece Bandeira.

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