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A nova medida da felicidade: saiba o que é florescimento humano

Um estudo gigantesco, com dados de mais de 200 mil pessoas, redimensiona a ideia de bem-estar; saiba os países e gerações que se deram melhor

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 Maio 2025, 14h52 • Atualizado em 5 Maio 2025, 18h08
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Novo índice de florescimento humano é baseado em seis pilares: de saúde mental a propósito de vida (IONs/Getty Images)
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  • Saúde física e mental, equilíbrio emocional, vínculos sociais, propósito de vida, caráter e segurança financeira… Eis os ingredientes do bem-estar e da felicidade humana, segundo uma parruda pesquisa global encabeçada por instituições de peso como a Universidade Harvard e o Instituto Gallup.

    Utilizando um novo conceito, o de florescimento humano, a iniciativa Global Flourishing Study está mapeando em 22 países (incluindo o Brasil) e mais de 200 mil pessoas o que nos faz viver plenamente.

    A primeira leva de descobertas desse trabalho, que consumirá um investimento de 43 milhões de dólares, acaba de ser divulgada e traz, entre outras descobertas, uma análise sobre como países e gerações vêm se saindo.

    E muitas coisas ainda devem pintar por aí nos cinco anos de investigação a que se propôs o projeto. “É o maior e mais ambicioso esforço para medir o bem-estar humano”, afirma a psicóloga Ilana Pinsky em sua coluna de VEJA sobre a safra inicial de resultados.

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    O que nos faz florescer?

    O Global Flourishing Study é conduzido pela Universidade Harvard, Instituto Gallup, Universidade Baylor e Centro para Ciência Aberta. A meta é acompanhar os milhares de participantes ao longo dos anos, deixar os dados abertos a toda comunidade de pesquisadores interessada e publicar os achados mais notáveis em periódicos importantes.

    Florescer, do inglês flourishing, é um estado em que todas as áreas da vida estão nutridas e em harmonia”, traduz Pinsky, responsável por chamar a atenção deste jornalista para a envergadura da empreitada e resumir a ópera em seu espaço na VEJA. 

    Os voluntários do estudo passam por entrevistas com questionários estruturados e metodologia consolidada com o objetivo de montar um raio X de diversas esferas da vida e de sua conexão com a sensação de bem-estar reportada. O panteão de 22 nações é o que está por trás da pujança e diversidade geográfica, etária, cultural e religiosa da amostra. 

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    Um dos grandes diferenciais da iniciativa é que suas métricas sobre o que nos faz viver bem são mais completas do que a de estudos como o Relatório Global de Felicidade, que restringem a análise e levam mais em consideração questões como o reflexo do PIB e do IDH na realidade das pessoas.

    Seis pilares balizam o Global Flourishing Study:

    1. Saúde física e mental
    2. Bem-estar emocional
    3. Propósito de vida
    4. Vínculos sociais
    5. Caráter 
    6. Segurança financeira

    A somatória dos dados forma um índice de florescimento, e ele dá uma ideia mais fidedigna de quão felizes e otimistas estão as pessoas pelo planeta: do México a Suécia, com escala no Brasil.

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    Dinheiro não é tudo na vida

    Uma das primeiras conclusões que vieram à tona nessa onda inicial de achados é que, de fato, dinheiro não é tudo nessa vida. “Se faltam laços sociais e senso de pertencimento, não há riqueza que dê conta”, comenta Pinsky.

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    Ao dar mais valor a outros pilares além do financeiro, o novo índice de florescimento coloca nações de renda média na frente das ricas, invertendo o mapa da felicidade usual, sempre liderado pelas nações escandinavas.

    Dessa forma, no ranking do florescimento, o top 5 fica assim por ora:

    1. Indonésia
    2. Israel
    3. Filipinas
    4. México
    5. Polônia

    Quem diria! A Suécia fica em 13º lugar; Estados Unidos, em 12º; a Grã-Bretanha, em 20º.

    E o Brasil? Estamos na 15ª posição, cinco posições atrás da Argentina.

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    A idade influencia na felicidade?

    O Global Flourishing Study também traz um retrato de como as gerações encaram suas rotinas e anseios. Nesse aspecto, a juventude é quem amarga o pior lugar no índice.

    Em diversos países, incluindo Brasil, EUA, Suécia e Grã-Bretanha, a faixa etária dos 18 aos 24 anos é a que detém as menores notas na avaliação do florescimento humano. 

    Nessas nações, a felicidade tende a aumentar com a idade. “Isso rompe com a famosa curva em U dos estudos de bem-estar, aquela teoria de que a satisfação com a vida é alta na juventude, cai na meia-idade e só volta a subir na velhice”, diz Pinsky.

    O que estaria por trás desse fenômeno? “Parte das respostas é econômica: são jovens lidando com altos custos de vida, dívidas, insegurança financeira… E parte é uma crise de sentido, de visão de mundo ou lugar de pertencimento”, analisa a psicóloga, autora de Saúde Emocional: Como Não Pirar em Tempos Instáveis (Contexto).

    O estudo confirma duas tendências que se entrelaçam de alguma forma com a vivência do bem-estar: o aumento na exposição a telas e redes sociais e a queda na participação em comunidades religiosas.

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    Próximos passos

    Insights não faltarão depois das cinco ondas de resultados serem divulgadas. Uma das expectativas é o que apontarão os dados sobre envelhecimento: os desafios e as oportunidades que se abrem com o avançar da idade.

    E uma das características mais interessantes dessa enorme pesquisa é que seus achados poderão inspirar e nortear ações voltadas a centros comunitários, bairros, cidades, países…

    Afinal, o florescimento humano é algo dinâmico – e, felizmente, é possível mudar alguns de seus pilares em nome de um futuro melhor.

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